sábado, 13 de junho de 2020

Nói fumo, vimo.

A pandemia não acaba se o agente microbiológico não for isolado da Humanidade, e não há forma;A pandemia atual tem nos assustado e levantado perguntas sobre a relação entre este H1N1 e o H1N1 de 1918, o causador da gripe espanhola. E ainda, qual a diferença dele para outros vírus como o H2N2 e o corriqueiro H3N2? Eles são muito mais íntimos do que você imagina.
O Influenza A tem o seu material genético organizado em pedaços. São 8 genes, em 8 fragmentos de RNA, que produzem 11 proteínas. Tudo o que ele precisa para invadir uma célula, dominar a maquinaria celular para produzir cópias suas e partir para a próxima. Sua patogenia, os sintomas e a virulência, são diretamente dependentes destes genes e da combinação entre diferentes linhagens deles, que vêm e vão através do rearranjo, a mistura dos genes de vírus diferentes que infectam uma mesma célula.
O primeiro registro certo e confiável que temos do H1N1 é o isolado de 1918, de corpos preservados no gelo do Alaska e em amostras de tecido em formol. Sabemos agora que ele já circulava em humanos desde pelo menos 1907, e que o vírus suíno detectado em 1931 que se imaginava ter se originado do vírus da gripe espanhola circulava paralelamente a ele, e uma origem comum. [2]
Embora a chamada gripe espanhola tenha acabado em 1919, o vírus não sumiu. Ele se tornou a linhagem predominante em humanos, e continuou circulando e mudando durante os próximos 38 anos. Mudou o suficiente para escapar do sistema imune dos hospedeiros, mas não o suficiente para causar grandes estragos como antes.
Mas algo ocorreu em 1957. Neste ano, o H1N1 que havia mudado entre 3 e 6 anos antes [2] explodiu. Ele adquiriu 3 de seus 8 genes de um vírus aviário, Hemaglutinina, Neuraminidase e um dos integrantes da polimerase viral – enzima que faz a cópia do seu material genético – o PB1. Com isso, o recém formado H2N2, que ainda carregava grande parte do H1N1 mas escapava do sistema imune das pessoas, infectou milhões no mundo todo, causando a chamada Gripe Asiática. O H2N2 substituiu completamente o H1N1 e seria o vírus dominante pelos próximos 11 anos.
Em 1968, mais um evento marcante na história do Influenza. O vírus havia recebido dois novos genes, a Hemaglutinina e PB1 novamente, em 1966 [2]. Agora ele explodia na Gripe de Hong Kong como H3N2. Ainda carregava genes do H1N1 de 1918 e a Neuraminidase 2, mas sua nova Hemaglutinina garantiu mais uma vez o passe pelo sistema imune e a consequente pandemia. Embora os genes compartilhados devam ter contribuído para alguma imunidade de fundo, suficiente para a pandemia de 1968 ser menos severa do que a de 1957.
Agora, em 1977, um novo incidente. E desta vez, inédito. O H1N1 voltou a circular, causando a pandemia da Gripe Russa. Mas não precisou adquirir nenhum gene novo para isso. A linhagem de 1977 era idêntica ao H1N1 de 1951. Em algum teste de vacinas, provavelmente na União Soviética ou no Leste Asiático, o vírus H1N1 vazou do laboratório. Os 26 anos até então foram suficientes para uma geração toda sem imunidade. – Aviso aos conspiracionistas de plantão: quando um vírus vaza de um laboratório, como nesse caso, isso fica bem evidente pela grande semelhança com a linhagem original. E não, não é o caso da gripe atual.
O H1N1 de 1951 reintroduzido em 1977 e o H3N2 de 1968 circulam até hoje, e talvez coexistam porque temos uma população grande o suficiente para manter a transmissão de ambos. Foi esse H3N2 e duas linhagens suínas de H1N1, uma delas derivada diretamente do vírus. Mas além do vírus, do Reino dos vírus, existem mais 3 Reinos dos microrganismos, que a exemplo dos vegetais e dos animais só VIVEM, se multiplicam se COMER - metabolismo. O corpo vivo é feito do que come e apenas os vegetais são autótrofos - Convertem os elementos da Natureza em matéria orgânica (vegetal).
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  • Mas, como se pode conhecer nas abordagens sobre o ataque de um microrganismo no Homem, as pandemias resultam do desequilíbrio ambiental, seja no Meio Ambiental, na parte da superfície (14%) da Terra habitada pela Humanidade e/ou no próprio corpo do Homem; mas chama a atenção o fato de que todas pandemias conhecidas pela civilização humana tem a sequência: um microrganismo tem o corpo de um animal como Templo, hospedeiro sem lhe causar maiores danos, vai para o PORCO (Gado suíno que fornece carne para o Homem) e depois chega no corpo da gente; mas há também outros gados que transmitem doenças microbióticas para a gente, a exemplo, da VACA louca, febre aftose no gado bovino; Mas até nas fezes dos bichos ( da gente infectada); Os microrganismos foram os primeiros seres vivos da Terra, até 1.800 EC, mas o Homem não o conhecia, e embora já matasse gente, sem cura, era tratado como sobre natural, satânico. O Corona, vírus estava no corpo do pangolim, do morcego em algumas áreas da Terra, mas já estava no PORCO em toda terra habitada pelo Homem e pelo porco; o porco se tornou um personagem tão importante nesse processo de transferência de um microrganismo comum em determinada espécie de um outro animal, chegando ao Homem, como pandemia, que resolvemos melhorar essa forma de transmissão entre o Proco e o Homem, a seguir......
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  • Mt 7,6 Não atireis vossas pérolas ao porcos, pois eles podem amassarem-nas com os pés, e depois, virando-se, vos estraçalharem.
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  • Mt 8,28-34 - Jesus CRISTO chegou a região dos gadarenos, e 2 endemoniados saíram dos túmulos e vieram ao seu encontro, gritando: o que há entre NÓS e Ti, Filho de Deus? Vieste nos atormentar antes do TEMPO? Ora, havia ali perto uma vara (coletivo, chiqueiro) de PORCOS; os 2 demônios suplicaram a Jesus Cristo: Se vai nos expulsar, que nos mande para para esse rebanho de PORCOS; Jesus respondeu-lhes: Ide! Os endemoniados foram para os PORCOS, e todo rebanho se precipitou, do alto da escarpa, no MAR, e morreram. Então todas as pessoas da cidade (dos gadarenos) que presenciaram aquele episódio pediram para que Jesus Cristo abandonasse aquele território.
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