CDCA 41.
Para o homem semiárido qualquer líquido é água; Uma das centenas de obras do faz de conta IMPOSTA pelo governo federal no Assentamento Lagoa Nova, agreste RN um poço tubular a catavento com 60m de profundidade nesse ambiente preto, seco, queimado pelo Sol castigante: em 500.000 km² dos 900.000 km² do semiárido a água subterrânea, se houver, é SALMOURA, imprópria para se beber, inapropriada para se irrigar qualquer tipo de planta; ao falarmos em "salmoura" compreende-se cloro + sódio, todavia existem 54 elementos químicos nesse líquido subterrâneo, dos quais a água (Hidrogênio + Oxigênio) é apenas solvente ou substrato, oriunda das chuvas precipitadas na superfície da terra; antes da ocupação dessas terras pelo Homem civilizado???? a infiltração de água das chuvas no terreno era de mais de 10% das chuvas precipitadas, ao ano; significa dizer que numa estação chuvosa de 800 mm, infiltravam-se 80 litros de água por metro quadrado; com a agropecuária paleolítica, destruição da cobertura vegetal, endurecimento do chão pelo fogo anual, a infiltração é inferior a 3% da água das chuvas; considerando-se que a oferta de chuvas foi reduzida em 60% (por conta das agressões ambientais), os 3% de água infiltrada no chão, dos 400 mm, são 12L/m²/ano; se não há infiltração de água para suprir, manter os lençóis subterrâneos, é lógico que diminui o volume de água (por alguma fuga interna), enquanto o teor de sal aumenta; extraindo-se esse líquido pelo poço tubular, a tendência é que o lençol de salmoura vai, mais cedo ou mais tarde, secar; na seca nordestina qualquer liquido é água, que mata.
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