Educação ambiental, a gente mostra. Educação ambiental é ciência social; Estamos focalizando em postagens um grande potencial turístico desperdiçado pelo governo e pela iniciativa privada, no centro do RN, nos municípios de São Rafael e Santana do Matos: trata-se do complexo geológico, geográfico, arquitetônico, histórico compreendido por um povoado fundado no final do Século XVIII, chamado Curral Novo, originário de uma fazenda de criação de gado bovino, município de Santana do Matos; um conjunto arquitetônico (hoje, abandonado) chamado de Museu do Barão da Serra Branca; e a própria Serra Branca (desta fotografia) uma grande pedra cuja base ocupa uma área de 20km², junto de estradas asfaltadas, a 30 a 40km de distância da represa do Açude Armando Ribeiro Gonçalves, com muitos lances de canos passando em todas as direções, no pé da serra, onde estão várias agrovilas do INCRA, onde as pessoas, assentadas não conseguem produzir agricultura e pecuária por conta da baixa oferta de chuvas (em 2.012 a 2.017, menos de 200mm/ano); Todo esse complexo pertenceu ao Barão da Serra Branca, grande chefe político da área, grande pecuarista, que inclusive construiu uma reservatória de água (açude) que lhe permitia plantar cana-de-açúcar, ter um engenho para beneficiar a cana, produzindo rapadura e aguardente, inédito no sertão semiárido do NE; O Barão da Serra Branca, Sr Felipe Néri de Carvalho e Silva nasceu em 1.829 no Povoado Curral Novo que hoje tem o seu nome - Barão da Serra Branca , e morreu em 1.893 com pouco mais de 64 anos de idade; Esse complexo tem todo o potencial turístico que se pode esperar de uma área do Nordeste semiárido. Felipe Néri de Carvalho e Silva comprou a patente de Barão em 1.888, com o título assinado pela Princesa Isabel, um ano antes da Proclamação da República; No Dicionário da História do Brasil, de autoria de Moacyr Flores, consta que na concessão do Título de Barão, foram acrescentados ao seu nome 6 sobrenomes da família do Barão, desde seus antepassados na Europa; A esposa, a baronesa Belizária tinha o sobrenome Wanderlei que, como se sabe, é uma adaptação para o português, de família holandesa, pessoas que chegaram ao Brasil com a Companhia das Índias, que governaram a zona da mata nordestina (Brasil holandês de Câmara Cascudo) em meados do Século XVII, até 1.648, sob o Conde João Maurício de Nassau Sigien (alemão a serviço da Companhia das Índias) que governava a partir da cidade Mauricéia, Recife-PE, de Sergipe ao RN, mas que também chegava até Açu-RN, berço da tribo Indígena Tapuia, ou Janduís, amigos do Conde Nassau. Na época do Barão da Serra Branca, São Rafael pertencia a Açu-RN, aonde o Barão tinha casa de morada na cidade; Com esta pequena explanação, sobre esse complexo de potencial turístico, mas abandonado pelos governos e pela iniciativa privada, podemos deduzir que a seca nordestina é simplesmente desnecessária: o povo que não cultua o passado não tem presente e nem futuro.
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