
Chance de chegada do La Niña este ano é cada vez mais remota
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A chance de o La Niña chegar ainda este ano é cada vez continua remota. O gráfico mostra que a condição de neutralidade no Pacífico continua firme, tendo havido até um leve aquecimento das águas da superfície daquele Oceano no mês de setembro.
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“Desde agosto, quando houve o atraso na chegada do La Niña, temos chamado atenção de que ainda não há consistência para que o fenômeno se estabeleça no Pacífico este
ano. É necessário que as temperaturas do Pacífico tropical fiquem mais frias que o normal, por pelo menos três meses consecutivos”, explica Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis.
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A condição de neutralidade do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) significa que não estão ativos nem o El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico) e nem La Niña (resfriamento anormal). As temperaturas da superfície do mar no Pacífico estão próximas da média.
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Destaca-se também o forte aquecimento das águas superficiais no Atlântico Norte e em áreas do Pacífico Norte. No Atlântico Sul, predominam águas mais aquecidas em grande parte do litoral brasileiro, com exceção da região Nordeste.
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Em função disso, a Amazônia atualmente enfrenta alto risco hidrológico, maior do que durante a seca do ano passado. Rios da bacia amazônica registram níveis mínimos históricos para esse período. Áreas do Centro-Oeste e Sul também enfrentam seca. A seca intensa piora as queimadas provocadas pela ação humana, nos biomas brasileiros.
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Existem 03 fatores que dificultaram a previsão da chegada do La Niña este ano:
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1. Um La Niña de intensidade fraca é mais difícil de ser previsto por modelos climáticos do que eventos fortes.
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2. Outros fatores atmosféricos de curto prazo, como a Oscilação Madden-Julian (MJO), complicam as previsões sazonais;
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