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Quem conhece o problema conhece a solução; não é força de expressão, é lógico; Para MATAR o rio Camaragibe, o Homem local com todas as armas - desmatamento e FOGO, levou pelo menos 50 anos; estas terras que hoje estão impregnadas de sal, foram terras férteis onde uma vegetação nativa de porte médio, com 0,8m³ de massa vegetal por metro quadrado, em um solo de profundidade (espessura) superior a 1m, era o exemplo do cerrado brasileiro, de fato vegetação densa, "cerrada"; na colonização da área, no final do Século XVII, "em se plantando tudo dava"; a oferta de chuvas era de 1 ano com El ñino de 300L/m² a cada 8 anos, uma La ñina de 1.000L/m² a cada 5 anos, e no período intercalado entre estes 2 fenômenos climáticos, oferta de chuvas variando de 400 a 600mm (400 a 600L/m²); mesmo que o verão, sem chuvas, fosse de 10 meses, as plantas estavam bem adaptadas, principalmente por que a vegetação arbórea e arbustiva da área era predominantemente leguminosas - aroeira, catingueira, jurema, cumaru, mulungu, feijão bravo que tem recursos biológicos para coletar o nitrogênio do Ar, principal nutriente das plantas, de tal forma que ao liberarem suas folhas no chão, por caducidade, reintroduzia na Natureza todos os elementos dos seus corpos, alimentando as demais plantas, e consequentemente mantendo o nível da fauna inalterado; Com os 300mm de chuvas do El ñino não havia enchentes, enxurradas no Camaragibe, mas havia uma infinidade de fontes de água, chamados olhos dágua que nasciam na base da serra da Formiga onde estão as nascentes desse rio, e assim havia um filete de água corrente no leito do Camaragibe o ano inteiro; as raízes das árvores e arbustos permitiam que a infiltração de água das chuvas no chão fosse menor que 10% das chuvas precipitadas, e hoje, com o desmatamento bestial, e com a impermeabilização do terreno(com fogo) está reduzida a menos de 5% da água das chuvas precipitadas na área; com 500mm de chuvas ao ano o Camaragibe botava enchentes pelas barreiras, e com La ñina as enchentes lavavam todas várzeas desse rio, de modo que a água empoçada no leito do rio, e o filete de água que escorria no verão era abundante e tolerável (com pouco sal) por toda vida estabelecida; assim podemos afirmar com convicção que não existia a grama pirrichil, embora a Natureza já estivesse reservando a semente dessa planta para quando o Homem civilizado chegasse; a planta pirrichil tira o sal do terreno, mas o reduzido porte do seu corpo não permite acabar com o salitre; O homem vai ter que dar uma ajudinha, como já foi mostrado em outras postagens; Se o Homem rude, desprovido de conhecimento levou 50 anos para matar o rio, hoje a tecnologia ressuscitaria o Camaragibe de 41 km de extensão em um mês, dependendo apenas de arrancar o sal, e de um ano de La ñina para levar SAL para o Mar; lembrando que no Camaragibe foram construídos 2 açudes (hoje com água amarga e salgada) - o Lagoa Nova e o açude dos bancos que armazenam esse LIXO há dezenas de anos, e devem ser "abertos" para que a água da enxurrada leve o sal para o rio Potengi,onde está a foz do Camaragibe, e finalmente o Oceano onde o SAL é bem vindo;
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