sexta-feira, 11 de julho de 2025

A água foge daqui como o diabo da cruz.

 


Severino Medeiros
Em em se falando de agroflorestas no NEBR existe o semiárido natural chamado CAATINGAS com cerca de 250.000km2 em 8 dos 9 Estados; caatinga é uma corruptela que na palavra indígena tapuia (não tupi) significa clareira - grande área de até 2.000m2 sem vegetação perene; a caatinga é semiárido PORQUE não tem SOLO, quarto ELEMENTO da Natureza; existe apenas uma planta a nível de árvore, a famosa FAVELA que foi trazida da África como fonte de alimentação dos seus grãos, famosa em Canudos-BA, por Euclides da Cunha; entre cactos e arbustos a caatinga tem cerca de 30 espécies de plantas; os 4 Elementos da Natureza são interdependentes e por não TER solo na caatinga fica menos de 5% da água das chuvas, 5% de (média) 500mm, razão para criar e manter uma cobertura vegetal que varia de 0,20m3/m3 na época da chuvas, a 0,02m3/m2 na seca; MAS no sertão de 500.000km2 + ou - TEM Cerrados(vegetação e SOLO) típicos, o verdadeiros CERRADOS brasileiro com 0,50m3/m2 de massa vegetal que pode ter mais de 400 espécies de vegetais; por conta do terreno ondulado da caatinga, recheadas de seixos irregulares e e lajedos emergentes, CINZENTOS, vistas de cima, em foto aérea, parecem-se com uma caldeirão de angu fervendo; por ser ondulada e impermeável chuvas de 40mm/dia arrasta toda terra e matéria orgânica para as depressões do terreno, uma infinidade de riachos, rios com suas (2) várzeas, as terras mais férteis do NE que teve uma massa vegetal do mesmo porte da Mata Atlântica, zona da mata NE que vai de Ceará-Mirim-RN a divisa BA/MG. Se o Vegetal é altamente comprometido com o equilíbrio do clima; se as várzeas do rios foram mantidas NUAS, campos de lavoura, por centenas de anos; e os CERRADOS NE, nessa área, foram mantidos NUS para extração de lenha e de madeira, e/ou para os campos de lavoura e de pastagem do gado, o clima endoideceu impondo ás caatingas situação de deserto seco, sem vida, e o semiárido (incluindo as caatingas) atingiu 900.000km2; O vegetal é o principal ELO do CICLO alimentar da vida na Terra, e consequentemente a FAUNA da caatinga era diferente em espécies e número de animais, por área, da fauna no CERRADO NE, a ponto de a ONÇA pintada, e a suçuarana cortarem caminho para não passar na caatinga onde não tinha o que comer, nem vegetação para se camuflar das vistas do índio. O Cinzento da caatinga é do sub solo pedregoso; não é MATA na melhor expressão da Palavra, e na maior parte do ANO de verde somente os cactos - os arbustos liberam as folhas para diminuir a dependência de água que não existe no sub solo ao alcance das raízes; mesmo chovendo em 2.025, de 200 a 400mm no sertão RN, dos 250 rios, que já foram temporários, mais de 230 deles não tiveram água corrente no seu leito; os reservatórios acumulavam 61% de suas reservas em janeiro/25 e em junho/25, no final da estação chuvosa acumulavam 50% de suas reservas; não tem água DOCE para irrigação de lavoura, e/ou para o abastecimento urbano rural; mas 300mm de chuvas = 300 milhões de litros de água DOCE por km2, sem esgoto, lixo, veneno, petróleo, excrementos e restos mortais de animais, barro, matéria orgânica, e tal. A seca não é física. A água da chuva foge daqui como o diabo da cruz. Caatinga(foto)
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quinta-feira, 10 de julho de 2025

25801 Ultima fronteira da ciência e tecnologia

 





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Nesta fotografia uma área aberta coberta de seixos, e no fundo uma vegetação relativamente densa; para a comunidade científica brasileira isto é caatinga, mas essa comunidade classifica a caatinga como mata cinzenta; isto é, seca, o que não é o caso da mata verde no fundo; a clareira, com subsolo (sem solo) coberto de seixos cortantes, irregulares, naturalmente sem vegetação, de FATO é a classificação dada pelo índio local - caatinga -  vegetação arbustiva, dispersa, um arbusto para cerca de 20m², que não chega a 3m de altura; essa situação de terreno e vegetação tão diferentes, numa pequena área abrangida pela lente da câmara, tem uma causa; a área aberta, sem vegetação, é a continuidade de uma elevação (modesta) que as chuvas e os ventos, ao longo de milhões de anos, levou a massa orgânica para a área de vegetação, que é PLANA, onde se estacionou, e criou um solo capaz de gerar e manter as mesmas plantas, só que em porte maior, condição de CERRADO.

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Agrovila do INCRA no meio da caatinga no sertão de São Rafael - RN, vendo-se algumas árvores na frente das casas, que não seriam comuns naturalmente na caatinga; para se cultivar essas árvores, nessa área, é necessário cavar-se um buraco (cova) no subsolo (uma mistura de seixos pequenos e terra) a uma profundidade não inferior a 80cm, 1m de boca (diâmetro circular ou lado quadrado), e prepara-se barro de várzea (muito fértil) com estrume de gado (fertilização); Isto é, faz-se o solo de sedimentação para a plantação; desta forma pode-se plantar todos tipo de árvores frutíferas (e outras) na caatinga, que assim é apenas depósito da planta; resta saber se essas árvores verdes ornamentais (para o caso do ambiente seco  da caatinga) plantadas pelas famílias assentadas, na frente de suas casas, poderiam trazer ensinamentos para que também plantassem cajueiros, mangueiras, jaqueiras, goiabeiras, pinheiras, ETC, produzindo-se alimentos nessa área.

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Cerro-Corá-RN; Aqui nasce o Rio Grande do Norte; na postagem anterior vimos, de dentro da cidade,  o Pórtico na RN 104 na direção  de Currais Novos, e AQUI em sentido contrário; O Rio Potengi que estudamos em detalhes desde o açude Campo Grande em São Paulo do Potengi, chegando, em várias etapas de estudo até à divisa do município de São Tomé com o município de Cerro Corá,  no pé da Serra de Santana, elevação do complexo Borborema que vai de Currais Novos a Florânia-RN; Nesse estudo em dsoriedem.blogspot.com    pesquisamos a espessura e largura da camada de areia no leito do rio; a largura e profundidade das várzeas do rio, e também a fertilidade dessas várzeas, adaptação à culturas diversas; pesquisamos a salinidade e volume  da água do lençol freático na areia do leito do rio, como também a capacidade de drenagem (à água) e armazenamento  na areia; o grau de evaporação e outras fugas da água na camada de areia; Mas também apontamos formas inteligentes para: A pesquisa tem (e teve) como objetivo criar uma informação científica para se RESSUSCITAR o Rio Grande do Norte. Como se trata de uma informação REAL, incontestável, choca-se com qualquer outra informação que o Governo e Comunidade científica do RN tem com relação aos os rios temporários do semiárido nordestino; Quem conhece o Problema conhece a Solução; é lógico e evidente.

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Placa que informa as nascentes do rio Potengi, o RGN, em um vale vulcânico, nas abas da Serra de Santana, Junto à cidade de Cerro-Corá-RN, a 600m de altitude. O Rio Potengi com 176 km de extensão que tem sua foz em Natal-RN; O nome "Rio Grande" foi dado pelos pelos primeiros portugueses que chegaram  pelo mar e avistaram a grande  desembocadura desse rio, que na realidade era água salgada do Mar que avançava pelo Continente a dentro; Natal-RN  nasceu em 1.599, fundada pelos portugueses, mas a região era habitada pelo potiguares, "comedores de camarões" tribo indígena que ocupava o litoral entre Touros e Canguaretama-RN; entre Ceará-Mirim e Canguaretama temos uma faixa de zona da mata, então Mata Atlântica que vai do RN ao RS, onde somente o rio Potengi era considerado temporário; os demais rios, menores, eram todos perenes; o rio Potengi atravessa a faixa de zona da mata entre o município de Macaíba e a foz, no Mar, e por isso tinha água corrente o ano todo; No Século XVI, antes da exploração do sertão-RN, havia milhares de fontes de água nascendo nas cabeceiras do rio Potengi, na Serra de Santana, chamados brejos de altitude, e assim podemos afirmar com convicção científica de que havia água corrente no leito do Potengi o ano TODO, mesmo por que a oferta de chuvas média era maior que 600L/m²/ano, e durante 4 a 5 meses por anos, durante a época das chuvas, o rio Potengi era CAUDALOSO; A Humanidade sempre procura os rios para viver, morar, não só pela água doce para o abastecimento urbano, mas por que as várzeas dos rios, no caso do sertão NE, são as terras mais férteis e úmidas para a lavoura de milho, feijão, mandioca durante as chuvas, mas no verão plantam-se batata doce, feijão macassar, tomate, pimentão, irrigada (aguada) com a água doce dos poços escavados no leito do rio pelas enchentes, ou água de cacimbas escavadas pelos índios, e depois pelos civilizados; Com o desmatamento bestial nas nascentes  os brejos de altitude secaram; com o desmatamento aumentou a evaporação de água do solo;  aumentou a erosão aterrando os mananciais; até à década de 50 o rio Potengi passava 4 a  5 meses com muita água corrente no seu leito; Com o crescimento populacional da Grande Natal, 6  idades/municípios, o Rio Potengi se transformou numa grande fossa, principalmente por que 70% da Grande Natal não tem esgotos, deposiando seus excrementos em fossas putrefatas que ao encherem são "desgotadas", esvaziadas  pelas empresas "limpadoras de fossas" levando esse material para o Rio Grande do Norte, o Potengi.

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Estamos nas nascentes do Potengi, o Rio Grande do Norte, vendo-se no horizonte a crista da Serra de Santana, a 600m de altitude, onde se inciam as nascentes; neste ponto da fotografia, nas grotas da serra,  a altitude é de 450 metros;  são vales estreitos  com  grandes pedras emergentes; onde tem um pouco de terra, barro o Homem faz a sua casa, vendo-se uma casa em um nível mais baixo do terreno, da qual aparece o telhado; embora não tenhamos consultado a respeito, a opção de fazer a casa na grota, e não na área plana que estar em primeiro plano na fotografia foi condicionado pelo limite da propriedade, limitada pela cerca.