sábado, 16 de agosto de 2025

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Post de João Bosco


MAPA DE 1640 APONTA A EXATA LOCALIZAÇÃO DA ALDEIA SÃO LOURENÇO, ONDE ACONTECEU O ENCONTRO TENSO ENTRE O PADRE LUÍS FIGUEIRA E O ÍNDIO LAGARTIXA ESPALMADA NO ANO DE 1608. Lagartixa Espalmada era um dos principais da Aldeia de São Lourenço, localizada no foz do rio Jaguaribe, litoral do Ceará, visitada pelo padre Luís Figueira no ano de 1608, no seu retorno à Pernambuco. Mesmo ameaçado de morte pelo principal Lagartixa Espalmada, Figueira não hesitou em visitar a Aldeia São Lourenço. Figueira relata que no dia de sua chegada na Aldeia de Lagartixa Espalmada, o mesmo não se encontrava, “foy apanhar algodão” em uma roça distante. O encontro tenso deu-se três dias depois. O relato é do próprio Figueira:
“(...) Veio porem dali a dous dias ou tres mas não me foy visitar até q’ eu o chamey; detevesse ainda hu pedasso depois de meu recado em fim veio cõ hu maço de frechas e seu arco na mão, e elle todo almagrado [pintado] cõ urucü e depois de nos saudarmos a prim.ra cousa que me disse foy q’ não me perturbasse p. lhe ver as frechas na mão q’ o seu costume era trazellas sempre nisto pedio fogo a hu moço meu, e acendendo a palma em que trazia o fumo pera beber me offereceo, respondilhe q’ não custumava a beber fumo (...).
Fonte: “Relação do Maranhão” do Padre Luís Figueira, ano de 1608. Archivum Romanum Societatis Iesu, em Roma sob registro - ARSI, Bras. 8 I ff. 71-84v.
Imagem: Recorte do Mapa de Albernaz de 1640 "Descrição de todo o marítimo da terra de Santa Cruz chamado vulgarmente o Brasil", de João Teixeira Albernaz - Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Portugal - Colecção Cartográfica, n.º 162. p. 144
Por João Bosco Gaspar, pós-graduado em História, Cultura e Patrimônio, Tianguá- Ceará.
Severino Medeiros
Informação de resgate absolutamente importante do Brasil de 1.608 principalmente no que se refere ao índio "apanhar" algodão e beber "fumo" provando que esses dois produtos da agricultura são originariamente das Américas, particularmente da região hoje chamada de NEBR. com relação ao algodão o RN teve o arbóreo de fibra longa, chamado de "algodão mocó" que Luiz Gonzaga cantou chamando-o de o Ouro Branco que tanto enriquece o país; esse algodoeiro arbóreo produzia fibra têxtil por mais de 20 anos de existência - todos os anos após a colheita o lavrador aparava os galhos com folhas, uma forrageira de primeira linha para os gados; hoje o RN é o único Estado do BR que não produz algodão (na expressão da palavra); quanto ao fumo me chamou a atenção a bebida de fumo, visto que durante o Brasil colonial a inquisição católica excomungou muitos padres na BA e PE por mascar e fumar tabaco. Mas outro fato a considerar como recursos de informação histórica é o padre português na postagem 108 anos depois do descobrimento; falando-se em "descobrimento do BR em 1.500" e analisando a carta de Pero Vaz de Caminha que descreveu o Brasil como o Paraíso Terrestre: águas, matas e terras infindas; O território de Portugal tem cerca de 100.000km2 e o BR tem 8,511 milhões de km2; o descobrimento deveria ser um fato histórico, de comemoração, todavia mais de 80% dos brasileiros, incluindo professores e estudantes não tem NOtÌCIA; e em se falando de índios, brasileiros nativos, o europeu não os considerava gente; foram praticamente dizimados e hoje o índio brasileiro passa fome, e depende do paternalismo nojento do governo; drogados (além do fumo), doentes (a maioria das doenças dos civilizados) com todas as mazelas dos civilizados, inclusive ocupando "cadeiras no congresso BR"; mas há outros motivos para que o BR não deem BOLAS para o descobrimento: o colonizador vendo que não podia obrigar o índio a ter responsabilidade com "trabalho" e não conseguindo impor sua religião (cristã???), quando o índio já sabia de sua essência espiritual antes de Adão existir na Mesopotâmia, apelou para a mão-de-obra do escravo negro que já era escravo na África e foi trazido pra cá na "marra", amarrado em mastros de navios, tratados como "bichos", e grande parte dos seus descendentes, brasileiros, continua tratados como sub-raça. Precisamos continuar essa História; esse texto é transcrito em: desemebrasil.blogsot.com.
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Autor
João Bosco Gaspar
Olha aí mestre Ernane Pereira 👍 que tal uma tela retratando o encontro entre o padre Luís Figueira e o indígena Lagartixa Espalmada

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