sábado, 12 de setembro de 2015

Lição 16 de Educação Ambiental.



 Educação, instrução, cultura. Fogueiras juninas, o fogo macabro.
Lição 16 de Educação Ambiental.

O fogo é um agente de destruição incompatível com a vida, de tal forma que o fogo e a vida não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo; onde tem fogo não tem água, não tem atmosfera, não tem vida, não tem Natureza.
A relação do homem com o fogo, desde o homem das cavernas, é de temor, adoração, divindade. O Homo Erectus usava o fogo para iluminar e aquecer o ambiente frio de sua morada – a caverna; fora da caverna o fogo lhe parecia destruidor, sobrenatural; esta foi a relação do homem com o fogo durante um e meio milhão de anos; há 10.000 anos atrás o homem incluiu a carne em sua dieta, mas como seu organismo não pode digerir a carne crua, o fogo passou a ser usado também  para assar ou cozer seu alimento. Há 3.000 anos atrás o Homo Sapiens passou a usar o fogo, também, para trabalhar os metais –bronze, chumbo, estanho, cobre, ferro, prata, ouro, transformando-os em peças de utilidades ou ornamentais; Durante a vida terrena de Jesus Cristo, na Palestina, oriente médio, a iluminação da casa era feita por lamparina (lampião) que queimava gordura de animais, ou petróleo que aflorava naturalmente naquela região. A Palestina é um deserto aonde o calor durante o dia chega a 50ºC, mas à noite a temperatura pode baixar para zero grau centígrado, impossível de ser suportado pelo homem, razão pela qual se criou o hábito de acender um fogo  de lenha para manter a casa aquecida; nos aglomerados urbanos, vilas, havia um fogo em cada casa e, do lado de fora uma fogueira em torno da qual as pessoas ficavam conversando, trocando ideias.
Na parte fria da Europa, inclusive parte de Portugal, mantinha-se um fogo de lenha aceso na lareira, mesmo durante o dia; nas terras selvagens das Américas e África o índio usava o fogo inclusive para homenagear seus deuses totêmicos (a ideia foi trazida para o Brasil nas seitas afro-brasileiras); Na América do Norte os selvagens usavam o fogo, também, para se comunicar com sinais de fumaça. O português medieval que colonizou o Brasil admirava o fogo já que a tecnologia da época dependia essencialmente da ação destruidora do fogo. Juntando-se a dependência do homem português com o fogo, mais a relação íntima, espiritual do escravo africano com o fogo, somadas à devoção que o índio brasileiro tem com o fogo, deu como resultado, as 3 fogueiras juninas do Nordeste, que acontecem nas noites de 12/13, 23/24 e 28/29 de junho, todos os anos.
O povo português, na sua religiosidade ingênua medieval introduziu na literatura brasileira, para justiçar a existência das fogueiras, a seguinte anedota: Izabel e Zacarias, pais de João Batista, moravam em uma colina, enquanto Maria, mãe de Jesus Cristo, prima de Izabel, morava no vale; Izabel daria à Luz a João Batista, 5 meses antes do nascimento de Jesus Cristo; Izabel teria dito a Maria que acenderia uma fogueira em sua casa, na colina, para avisar do nascimento de João Batista; a primeira controvérsia dessa estória é que, segundo a Bíblia Sagrada, Maria estava na casa de Izabel quando João Batista nasceu. Mesmo que essa estória justificasse a fogueira de João Batista, na noite de 23/24 de junho, mas o que dizer das fogueiras das noites de 12/13 e 28/29 de junho?
As fogueiras juninas são um verdadeiro estupro à vida; é difícil de entender que um ser racional possa acreditar que o fogo homenageia os santos e santas de Deus (o mesmo não se pode dizer dos santos do candomblé, macumba, feitiçaria).
As fogueiras  nordestinas queimam a cada ano 52.200.000m³ de madeira verde(viva), desmatamento de 2.610 hectares de matas. Esse FOGO seca da madeira verde, 10.962.000m³ de água que é lançada na atmosfera juntamente com 4.176.000.000kg de fumaça, poluição olfativa e visual, obstrução do sistema de respiração e fotossíntese, obstrução dos poros da pele dos animais, destruição da camada de ozônio, agravamento do efeito estufa, responsável pelas chuvas ácidas. As fogueiras juninas são mesmo uma ideia  satânica.



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