Não existe Independência com dependência, que no caso é MORTE.Independência do Brasil; Independência ou morte!
Para entender o que significa independência de uma Nação, de um País, vamos buscar a nossa História em 22 de abril de 1.500, quando se iniciou a colonização do Brasil pelos portugueses; a fecunda miscigenação de europeus brancos, africanos e índios brasileiros, foi um cruzamento, não só de raças, mas de culturas, de formas de pensamentos, gerando uma raça nova na Terra, a raça brasileira mameluca, cabocla, mulato, cafuzo, com matizes de cores da pele, mas criando o mesmo sentimento de amor por este torrão abençoado pela Natureza, ímpar no mundo; a partir do século XVII o território brasileiro experimentou vários movimentos libertários e separatistas, negando o domínio de qualquer país sobre o Brasil; mas o grande movimento de independência do Brasil começou no Nordeste em 1.580, quando Portugal passou para o domínio espanhol, despertando o desejo do Brasil de se libertar, e vendo nessa mudança repentina do domínio, uma brecha, uma falha que enfraqueceria o domínio português no Brasil, o que foi reforçado com a invasão holandesa no Maranhão em 1.624, e 2ª invasão holandesa em Pernambuco em 1.630, sob o frágil e indeciso domínio espanhol que durou até 1.640. Os holandeses governaram o Nordeste Brasileiro de 1.630 a 1.654, com a sede na Cidade Mauricéia, hoje, Recife. Grande parte do Governo Holandês no Brasil teve como chefe de Governo o Conde João Maurício de Nassau Sigien, conde alemão, administrador da empresa Companhia das Índias, da Holanda; Durante sua estada no Brasil o Conde Nassau transformou o Recife em uma grande cidade, com todos os elementos de uma cidade Europeia da Época, condição que os portugueses não ofereceram durante seus 160 anos de domínio. Isto para os pernambucanos era motivo de orgulho, e o governo de Nassau era bem aceito por todos; por ironia do destino, Nassau foi destituído do cargo, sendo substituído por holandeses nomeados pela Companhia das Índias, os quais queriam apenas explorar as nossas riquezas, renascendo nos Pernambucanos o desejo de libertar o Brasil, primeiramente dos holandeses e depois de qualquer Nação invasora, lembrando que quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1.500 já havia aqui 5 milhões de pessoas, os índios, de modo que não houve descobrimento, mas sim uma invasão. Durante 322 anos de domínio Português, o Brasil foi explorado, assaltado, e os brasileiros não gozaram das benesses de suas riquezas, na realidade em regime de escravidão, serviçais, sem vontade própria, sujeitos a cultura e leis selvagens que tolhiam qualquer iniciativa criadora. A partir da exoneração de Nassau, os pernambucanos João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, ricos senhores de engenho, iniciaram um planejamento, sem apoio de Portugal, para expulsar os holandeses que ocupavam o Nordeste desde Penedo, em Sergipe, até Açu no RGN; conseguiram o apoio do índio potiguar Felipe Camarão, do negro Henrique Dias e do português Antônio Dias Cardoso, formando o primeiro núcleo de força terrestre, o Exército Brasileiro; Em 1.636 combateram os holandeses em São Lourenço da Mata; em 1.637 em Porto Calvo, em 1.638 em Mata Redonda, depois em Tabocas de Vitória de santo Antão e Goiana-PE; a primeira batalha dos Guararapes aconteceu em 19 de abril de 1.648, e a 2ª em 19 de fevereiro de 1.649.
Outro marco da independência do Brasil foi com a inconfidência mineira, ou conjuração mineira, sentimento de liberdade que envolveu vários brasileiros ilustres, mas destacando-se o herói e mártir Joaquim José da silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Nação Brasileira, que inclusive criou a primeira bandeira brasileira, que hoje é a Bandeira de Minas Gerais, que tinha a frase: liberdade ainda que tardia; isto é, liberdade do domínio português. Outros fatos que concorreram para o Brasil se libertar de Portugal surgiram da própria fragilidade do povo português e fraqueza do Governo; em 15 de julho de 1.799 o príncipe D. João de Bragança tornou-se regente de Portugal por que sua Mãe, a rainha dona Maria ficou louca. Portugal é um dos pais mais pobres da Europa, pequeno, sustentando-se das riquezas tiradas do Brasil, colônia rica, de proporções continentais; em 1.801 D. João já pensava em mudar sua corte para o Brasil; em 1.807 o imperador francês Napoleão Bonaparte fez um grande bloqueio no continente europeu, dominando-o por completo, dividindo o pequeno Portugal em 3 reinos, quando D. João pediu ajuda a Grã-Bretanha para fugir para o Brasil. A invasão francesa a Portugal aconteceu em 29 de novembro de 1.807, e no dia 28, na calada da noite D. João fugiu com sua corte para o Brasil com cerca de 15 mil portugueses, chegando ao Brasil no início de 1.808, quando o Rio de Janeiro se tornou metrópole e Portugal virou colônia. Em 24 de agosto de 1.820 houve uma revolução em Portugal obrigando D. João a voltar para Portugal; D. João nomeou seu filho D. Pedro I como regente do Brasil, mas os brasileiros se sentiram enfraquecidos com a saída do Rei D. João, começando vários levantes, exigindo que o Brasil permanecesse como sede do reinado português. Houve escaramuças no Pará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, luta dos brasileiros com o exército imperial que permanecia no Rio de Janeiro, deslocando-se com muitos desgastes para estas províncias; no dia 19 de dezembro de 1.821 chegou ao Rio de Janeiro a determinação das cortes portuguesas em abolir a regência do Brasil, e determinando a volta de D. Pedro para Portugal; as províncias do Rio de janeiro, Minas Gerais e São Paulo começaram um movimento para que o príncipe não obedecesse às cortes de Lisboa; nesse ano houve um choque entre o Exército português do Rio de Janeiro, obediente a Lisboa, com o núcleo de polícia militar do Rio de janeiro, leal a D. Pedro, que viria a ser a polícia Militar do Rio de Janeiro, resultando na expulsão do Exército português do Brasil. Em 30 de agosto de 1.822 D. Pedro foi a São Paulo acalmar os ânimos daquela província que se opunha à posição do paulista José Bonifácio de Andrade e Silva; a 7 de setembro de 1.822 quando D. Pedro voltava de Santos, com sua comitiva, encontrou junto ao riacho do Ipiranga, hoje cidade de São Paulo, um ultimato das cortes portuguesas para que cumprisse a determinação de voltar para Portugal; de acordo com alguns historiadores, D. Pedro tirou do seu chapéu as faixas de tecido com as cores de Portugal, jogando-as fora e Gritando: Independência ou morte!
A independência do Brasil não está concluída; só seremos efetivamente independentes quando todos os brasileiros puderem viver dignamente, com qualidade de vida, com saúde, educação de qualidade, segurança, trabalho digno, lazer, mas principalmente, quando nossas riquezas naturais, econômicas, intelectuais, culturais, filosóficas, forem realmente nossas, a serviço do bem-estar de todos os brasileiros.
INDEPENDÊNCIA DA MORTE!!!!
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