segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

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Tomada fotográfica  no agreste RN mostrando em que condições degradantes sobrevive o Homem nordestino dessa área, quando se trata de água, apesar de aparentemente (na fotografia) está na era moderna, de progresso, com uma caixa escrito "água", uma moto junto, e no fundo, um automóvel junto à casa da fazenda (improdutiva); essa imagem dar a falsa impressão de desenvolvimento, riqueza; é provável que o dinheiro do progresso esteja chegando fácil para essa família  (o pai, e os dois filhos), mas a que custos? Estão horas e horas aguardando que essa caixa tenha lixo-líquido fornecido por um poço tubular, verdadeira salmoura (tal é o teor de sal dissolvido), única opção para o gado beber, cerca de 20 animais, incluindo o jumento da fotografia; cada animal adulto bebe em média, nesse clima quente 30 litros por dia, mas bebendo salmoura, não mata a sede, e cada animal terá que ingerir  esse LIXO 2 vezes por dia; para cada 20 km² desta área existe um TRAMBOLHO destes (poço a cata vento), obra do (des)governo extraindo o lixo das entranhas da terra e jogando em cima do chão matando todas as formas de vida; todos os açudes (pequenos açudes) da área estão vazios e mesmo armazenando também lixo-líquido, o acesso ao açude seria mais fácil, permitindo o gado beber diretamente na fonte; ao beber qualquer um desses LIXOS o animal ingere barro (barrenta), mais de 40 minerais (do chão), toda forma de matéria orgânica decomposta, além de algas; O que se vê no semiárido NE é uma briga do Homem com a Natureza, um mundo absolutamente estranho para todos, principalmente para a (autodenominada) comunidade científica BR; a vida no semiárido está permanentemente em processo de extinção, e tudo o que o Homem idealiza como forma de combater a seca é, na realidade, fator de desintegração da vida;

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