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A agropecuária no NE nunca funcionou a contento por que o clima já fragilizado do sertão não suportava as mesmas agressões ambientais que nós brasileiros empreendemos na exploração dos recursos naturais nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, no Nordeste Amazônico e na zona da mata NE; vendo-se esse mundão seco, e a casa abandonada, não dar para acreditar que há 100 ou ais anos isto tinha vida, vida em abundância - do contrário o Homem civilizado(????) não teria se estabelecido a mais de 300 anos nessa área do agreste RN, terras boas, úmidas e férteis para a agricultura e pecuária; O Homem que inicialmente chegou nessa área vinha fugindo da zona da mata RN que vai de Ceará-Mirim à divisa do RN com PB, solo de massapê profundo, oferta de chuvas anuais maior que 2.000 litros por m²/ano, explorada com o cultivo da monocultura da cana-de-açúcar, terras pertencentes aos senhores de engenho, e depois usineiros; a zona da mata é a área mais densamente povoada do RN ainda hoje por causa da abundância de água subterrânea (hoje, os lençóis totalmente contaminados); pequenos rios e córregos perenes (hoje, poluídos); muitas lagoas, a exemplo da lagoa do Bonfim em Nísia Floresta; Durante os primeiros 100 anos da ocupação do RN, pelos portugueses, e brasileiros nascidos em PE, o Homem ficou na zona da mata, não só pela abundância de água doce (chuvas) e terras boas, mas por que a zona da mata é junto ao Oceano Atlântico, facilitando o escoamento da produção e deslocamento de pessoas para a Europa; à medida que a zona da mata se tornava pequena para tanta gente, o Homem adentrou no Continente RN, ocupando inicialmente o agreste RN, e depois o sertão; o agreste, imprensado entre a zona da mata e o sertão, com maior oferta de chuvas de 800mm/ano, solo e vegetação de cerrado, próximo ao Mar - 30 a 80 km em linha reta, oferecia condições para o cultivo de lavoura; já o sertão de caatingas (50%), semiárido natural, foi ocupado pela criação de gado; Todos o agreste e sertão RN tive a presença de comunidades indígenas com uma grande diversidade de flora e de fauna; somente os índios Janduís (ou tapuias) que habitavam o vale do Açu - do Seridó até à foz do Açu em Macau faziam agricultura, inclusive agricultura irrigada no verão; as demais tribos viviam de extrativos - pescar (nos poços escavado pelas enchentes dos rios temporários) caçar, colher frutos silvestres; já o colonizador (português+brasileiro) desmatava, desmatava; trabalhava 4 a 6 anos em uma área, depois desmatava outra área, outra, até que 85% da vegetação nativa foram eliminadas, com fogo das queimadas e coivaras; as áreas abandonas pela agricultura de subsistência, o Homem deixava para a criação de pastos - campos para o gado, desmatando sempre para evitar que nascessem (ou brotassem) as plantas (árvores e arbustos nativos) que o gado não come; com dezenas de anos a terra NUA, sofrendo o calor castigante do Sol intenso, varrida por ventos secos, doidões; quando chovia a água provocava erosão; o solo que antes tinha (no agreste) de 30 a 100 cm de espessura foi eliminado, ficando o subsolo duro, pedregoso, desprovido de matéria orgânica, ou seja; o Homem transformou a área do agreste, CERRADO, em caatinga - semiárido natural do sertão, semiárido por que não tem solo de sedimentação, e por isso mesmo não armazena água das chuvas (até 3%), e as raízes das árvores (que não existem na caatinga) não se desenvolvem; o que se vê na caatinga do sertão é o subsolo pedregoso, com seixos irregulares, pontiagudos, cortantes, e LAJEDOS emergentes.
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