As Plantas do NEBR.
Xiquexique.
O popular xiquexique, nome científico Pilocereus gounellei e nome indígena ”sodoro” é um cacto de região pedregosa, composto de raízes, caule(ramos) e espinhos; os ramos são prolongamento do caule. É adaptado a clima seco com índice de chuvas de 200 a 500mm ao ano, verão de 8 a 10 meses de Sol intenso. Não é por acaso que o xiquexique é planta típica da caatinga; a caatinga não tem solo e por isso é semi-árido. O chão que aparece na caatinga é o subsolo pedregoso com pedras miúdas, cortantes, irregulares ou lajedos(rocha-matriz) emergentes; o índice de chuvas do sertão nordestino já foi de 300mm a 800mm ao ano, média de 550mm e por isso o xiquexique escolheu a caatinga do sertão para nascer e viver, mas o xiquexique não nasce em outras áreas do sertão, onde tem solo orgânico/mineral; nessas áreas que tem solo, como é o caso do cerrado, vales, chãs de serras o xiquexique só nasce se tiver um lajedo. No lajedo faltam 2 elementos naturais – solo orgânico e água, mas o xiquexique acumula água em seu corpo durante o período chuvoso e suas raízes cabeleiras se agarram ao lajedo e assim vive. Também no agreste o xiquexique só estabelece onde não há solo. O xiquexique não é um cacto comum nos desertos que, como se sabe, tem oferta de chuvas abaixo de 300 mm ao ano e o terreno é arenoso.O xiquexique já foi a planta mais abundante da caatinga do sertão mas deve desaparecer de cena até meados do Século XXI, por dois motivos: 1)vem sendo usado como ração do gado(na seca e no verão); 2) a oferta de chuvas está diminuindo no sertão nordestino.O corpo do xiquexique se compõe de até 90%de água, com miolo de amido embutido em um cilindro lenhoso, e este, envolto em uma polpa gelatinosa. O xiquexique é muito pobre em minerais, glicídios, lipídios, vitaminas suprindo menos de 10% das necessidades nutritivas dos animais; para que o gado possa comer o xiquexique o sertanejo eliminava os espinhos queimando-os em coivaras, no tempo que ainda havia lenha na caatinga, o que representa duas agressões ambientais; hoje os espinhos do xiquexique são queimados com fogo do maçarico alimentado por gás butano(gás de cozinha). O miolo do xiquexique, predominantemente amido, é nutricionalmente insignificante; todavia, foi nos anos de seca, comida de gente; na seca de 1877 a 1.879 quando o índice de chuvas no sertão variou de 200 a 300mm ao ano, insuficiente para se fazer agropecuária, morreram de fome mais de 600 mil nordestinos; a maioria morreu comendo xiquexique assado. Como acontece com todas as plantas o xiquexique investe 60%dos nutrientes minerais, colhidos do chão, no sistema de reprodução – flor e fruta; a flor aparece com as primeiras chuvas do ano, mas se não houver continuidade das chuvas a flor seca, morre e não gera fruta. A fruta do xiquexique tem cor grená (cor de vinho), é saborosa e tem muitas sementes. 96% das células do vegetal (e do animal) são constituídos de gases da atmosfera – hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, mas o xiquexique só tem acesso a esses gases trazidos pelas chuvas, de modo que no verão o xiquexique fica sem esse suprimento vital. O grande número de espinhos do xiquexique já não contribui para diminuir a evaporação de água do seu corpo. O xiquexique está morrendo pelas duas causas citadas neste texto.
A Jurema.
A jurema, nome científico Pithecolobium tortum é uma leguminosa de espinhos que aparece nos terrenos de cerrado e de caatinga. No solo de cerrado ela pode passar dos 10 metros de altura, mas na caatinga a jurema adulta não passa de 3 metros de altura. Por ser uma leguminosa os sistemas de reprodução, os grãos, vêm condicionados no elemento “vagem”, que no Nordeste é popularmente chamado de “vage” ou “bage”. A jurema se adapta muito bem aos semi-áridos já que seu principal alimento é o nitrogênio do Ar Atmosférico, que não falta; mas não é planta de deserto porque exige oferta de chuvas acima de 300mm ao ano e só nasce onde tem solo orgânico com espessura acima de 30cm. Mesmo durante o verão a jurema permanece com folhas, liberando-as por caducidade, em 8 dias, e recuperando-as em igual período. As folhas da jurema é alimento predileto dos caprinos e de outros gados. A floração acontece antes ou durante a primeira chuva do ano. Nas raízes da jurema, leguminosa, há bactérias nitrificadoras que colhem o nitrogênio do Ar Atmosférico através das folhas; o nitrogênio entra nas folhas passa (na seiva) pelos ramos, galhos, caule e chega às raízes; quando o nitrogênio é atraído nesse processo vêm os outros gases, inclusive o oxigênio para a demanda energética da planta; a planta também libera oxigênio na atmosfera. Nas matas nativas do cerrado do sertão e do agreste a jurema representa menos de 1% dos elementos vegetais a nível de árvore, mas com a devastação da mata nativa a jurema representa, hoje, 90% das árvores e arbustos. Na caatinga a jurema representava mais de 40% das árvores, mas vem sendo cortada para lenha e carvão. A caatinga do sertão além de não ter solo de sedimentação recebe, a exemplo de todo o sertão, média de 400mm de chuvas, com tendência a baixar para 300mm ao ano, condição de deserto, quando então a jurema morrerá mesmo sem moto-serra, machado, foice, fogo.No agreste há solo orgânico/mineral em 70% da área, o índice de chuvas é maior(500mm ao ano) do que no sertão, mas a agropecuária paleolítica eliminou a vegetação nativa, arrancou o solo, reduziu a oferta de chuvas para média de 400mm ao ano e por isso a jurema está tomando conta do agreste. Para alimentar os caprinos a jurema deve ser podada a uma altura de 1m do chão de modo a permitir o acesso desses animais ao alimento, no caso, as folhas. A jurema apresenta um inconveniente para o gado: seus espinhos ferem profundamente o couro dos animais o que é ruim para a comercialização do couro. Com os assentamentos do INCRA no semi-árido, onde os assentados não conseguem produzir alimentos, a jurema está sendo cortada para a extração de lenha para os fornos das olarias, fornos das padarias e para se fazer carvão; com o clima agredido por vários séculos a jurema precisa de 4 a 6 anos para se recuperar dessa agressão. Por ser uma leguminosa a jurema beneficia outras plantas a sua volta; se acabarem com a jurema no semi-árido outras plantas desaparecerão, o que significa desertificação em toda plenitude. Os índios da Paraíba e RGN faziam uma bebida alucinógena colocando a raiz da jurema de molho em água(infusão), usada nos rituais da tribo, em festas, mas há notícia de que os pagés e curandeiros empregavam essa bebida como anestésico em cirurgias. Ao queimar indiscriminadamente a jurema o homem do semi-árido coloca sua própria vida em xeque-mate.
Quixabeira.
Nome científico Bumelia Sartorum é uma árvore do cerrado nos Estados BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, e PI. Não aparece nos cerrados do Maranhão e provavelmente não existe nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. A quixabeira não nasce na caatinga porque a caatinga não tem solo. A quixabeira chega a 20m de altura e uma copa com 20 m de diâmetro. A madeira é muito dura, mesmo quando verde, mas não serve para móveis e peças de carpintaria já que o caule e os ramos estão repletos de nós onde se formou espinhos. Essa madeira é boa para estacas de cercas tendo em vista a durabilidade quando seca e enterrada. Os ramos têm muitos espinhos grossos e compridos que mais parecem prolongamentos dos ramos. As folhas são miúdas, espessas, de pele verde com clorofila, mas recheada de um líquido denso e leitoso, viscoso, usado pelos caçadores para captar, com o visgo, pequenas aves e pássaros que ficam grudados, pelos pés, nessa pasta leitosa extraída do corpo – caule,ramos, folhas da quixabeira. A quixaba, fruto da quixabeira, é preta reluzente e recheada de um líquido leitoso de sabor adocicado apreciado por toda a fauna nordestina. A quixabeira renova a folhagem uma vez por ano entre outubro e dezembro, período em que também acontece a floração, mas para a floração é preciso ter alguma chuva nesse período do ano, do contrário a floração será drasticamente reduzida. A flor da quixabeira exala um perfume inebriante, inconfundível, que se propaga com o vento por quilômetros de distância. A infusão da casca da quixabeira cura dores, luxações, infecções. Os índios empregavam essa infusão para curtir a pele extraída dos animais, couro que se transformava em calçado e roupa , e mais recentemente em sapatos e roupa dos vaqueiros do Nordeste. Há narrativas de mumificação de animais e partes do corpo humano nesse “preparo” com a casca da quixabeira. Isto nos permite afirmar que o corpo da quixabeira é antibiótico.
Juazeiro.
Nome científico Zizyphus joazeiro é uma árvore de cerrado, não nasce na caatinga, mas é natural das várzeas dos rios e riachos temporários do sertão nordestino; árvore de grande porte, precisa de solo profundo rico em nutrientes minerais e matéria orgânica. Suas raízes são compridas com algumas salientes em cima do chão para gozar dos benefícios dos gases atmosféricos. O juazeiro perde e ganha folhas em determinado período do ano, mas está sempre enfolhado. O juazeiro é todo verde – caule, ramos, folhas, prova de que é bem suprido com clorofila. A floração acontece todos os anos com as primeiras chuvas do ano. O fruto do juazeiro, o juar é apreciado por aves, pássaros, gado bovino, caprino, suíno, eqüino, ovino, muar; pode-se dizer que a parte comestível do juazeiro é a fruta, já que a folha verde é amarga e a folha seca perde todos os nutrientes; a densidade da folhagem do juazeiro proporciona uma sombra excelente para o gado do semi-árido se proteger do Sol intenso. Provavelmente não há doenças para o juazeiro, podendo viver 200 anos. A casca do juazeiro é xampu para os cabelos e dentrifício da higiene bucal, que, friccionada em água doce produz espuma que limpa e perfuma, inclusive eliminando microorganismos. O juar tem sabor adocicado e ao mesmo tempo amargo, lembrando o açúcar dietético. O índio do sertão empregava a casca, a folha, a fruta em sua farmacopéia, mas não ficaram informações sobre as curas proporcionadas por essa planta.
Mandacaru ou cardeiro.
Nome científico Cereus jamacaru é um cacto de cerrado e das várzeas dos rios e riachos do semi-árido. Só nasce onde tem solo orgânico/mineral, solo de sedimentação com espessura superior a 20/30cm e portanto não nasce na caatinga. O mandacaru não é planta da zona da mata e também não é encontrado no nordeste amazônico, mas isto não significa dizer que não possa ser plantado nessas áreas. Está adaptado a clima quente, ventilado, com oferta de chuvas de até 1.200mm ao ano. O homem nordestino chama-o de “cardeiro” por causa da grande quantidade de água armazenada no seu corpo. O cardeiro tem até 8 fileiras de espinhos montadas em abas salientes. No verão de 8 meses do semi-árido o cardeiro vem sendo empregado como ração do gado, porem com poucos elementos nutritivos para os animais; 60% dos nutrientes colhidos do chão e do Ar atmosférico pelo cardeiro são investidos no sistema de reprodução flor e fruta. O cardeiro nasce em desertos onde o índice de chuvas é superior a 300mm ao ano, desde que tenha solo argiloso rico em nutrientes. O cardeiro foi levado do deserto seco do Chile para Israel onde é cultivado por causa da sua fruta saborosa, nutritiva, volumosa, bonita. O cardeiro é medicinal em doenças dos rins e provavelmente é antibiótico. A flor do mandacaru tem forma cônica, grande, tem pétalas brancas, e aparecem quando a umidade do Ar atmosférico aumenta; a umidade média do Ar no sertão é de 70% e o mandacaru tem mais de 80% de água no corpo, de modo que a flor aparece quando a umidade do Ar passa dos 80%, o que normalmente acontece com a primeira chuva do ano. O mandacaru deve ser extinto no semi-árido até o ano 2.050 porque está sendo empregado intensamente como ração do gado e também o índice de chuvas está baixando nessa área, tornando-se um clima hostil para essas plantas que escolheram esse lugar para nascer e viver de acordo com os elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas.
Facheiro.
Nome científico Cereus facheiroa, tem várias subfamílias, entre as quais Lonchocarpus xilopia, Ligustrifolia. É cacto de solo e clima de cerrado brasileiro, mas a espessura do solo não deve ser maior que 80cm, já que o facheiro tem raízes cabeleira que fica na flor da terra; a caatinga do sertão não tem solo e por isso o facheiro só nasce nos cerrados, nas abas e na chã das serras, nas várzeas do riachos e rios. O facheiro tem pouca água no corpo se comparado ao xiquexique e cardeiro; o facheiro é comum nos desertos secos, o que comparado a outros cactos do sertão nordestino é mais adaptado ao clima seco e solo raso. O facheiro é um dos cactos que tem mais espinhos no seu corpo, provavelmente porque tem pouca água e deve controlar a evaporação da água por intermédio dos espinhos. Todas as plantas captam água do chão, mas o cacto tem mecanismos biológicos para captar a umidade do Ar Atmosférico, principalmente à noite quando a umidade do Ar é alta suficiente para criar o “sereno da noite” que umedece a planta; essa umidade também é devida à baixa temperatura à noite;.observa-se nos cactos que grande parte das raízes cabeleiras são superficiais para assim captar água e gases da atmosfera, principalmente o nitrogênio do Ar, principal nutriente das plantas. O facheiro floresce em determinado época do ano, normalmente em dezembro, com o início da estação chuvosa no semi-árido, mas se não houver continuidade das chuvas a flor seca e não haverá fruta para a reprodução. O facheiro é um cacto que atinge 15 m de altura nos cerrados. Quando seco a parte lenhosa do facheiro é boa de fogo para iluminação (facho) à noite, mantendo a labareda acesa por muito tempo, daí porque o nome “facheiro” – facho de luz que os índios usavam para iluminar a sua maloca, mas também para as caçadas à noite.
Importância das plantas.
De acordo com Gn 1,11 os primeiros seres vivos criados por Deus foram as plantas; isto é, algas com fotossíntese e clorofila. De acordo com Gn 2,5 não existem matas e florestas sem a água no estado líquido que vem das chuvas o que significa dizer que o Reino Vegetal se desenvolve em temperatura de 5ºC a 80ºC que é o gradiente de temperatura para evaporação de água e formação de chuvas; por outro lado a planta é o único ser vivo AUTÓTROFO, ou seja, sintetiza água, gases e nutrientes minerais em matéria orgânica, o que significa, também, que o vegetal é a nutrição dos seres vivos (inclusive de si mesmo). Se atentarmos para o fato de que os 4 Elementos da Natureza são: Gn 1,3 – energia luminosa e calorífica do Sol; Gn 1,7 Atmosfera; Gn 1,11-12 – solo orgânico mineral; Gn 2,5 chuvas – água no estado líquido; que cada um desses 4 elementos naturais tem variáveis atmosféricas que dependem da cobertura vegetal nas terras emersas da Terra para manter o equilíbrio, a harmonia com a vida estabelecida, chega-se à conclusão que o vegetal é a razão da existência da Natureza no Planeta Terra; a cobertura vegetal é responsável pela incidência e reflexão da luz Solar na terra e temperatura no chão – 1° elemento; responsável pela formação e integridade do solo – 2º elemento; responsável pela umidade do ar, pressão atmosférica, direção e intensidade dos ventos – 3º elemento; é responsável pela umidade do chão, pela presença das fontes de água, manutenção da água nos reservatórios de superfície porque controla a evaporação, evita a fuga da água no chão, e portanto, as plantas são responsáveis pela formação de nuvens e formação de chuvas. Para o Homem a planta é o alimento, o remédio, a respiração (oxigênio, gás carbônico – ar puro), a casa, a cama, o vinho, o lápis, a tinta, o papel, a aguardente, a mesa, o assento, o chapéu, a roupa, e sua última morada – o caixão fúnebre.
Nunca se ouviu falar que uma mata ou floresta tenha sofrido algum dano por conta dos elementos vegetais que as compõem. O vegetal é absolutamente comprometido com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas.
A Atmosfera com água em forma de vapor e 12 gases foi criada(Gn 1,7) a partir da criação da massa orgânica vegetal (algas) há 3 bilhões de anos (Gn 1,12). A porcentagem atual dos gases da atmosfera foi condicionada com a criação de vegetação rasteira, relva, há 2,5 bilhões de anos (Gn 1,24). As chuvas provenientes da água condensada (nuvens) na atmosfera, com temperatura de 5ºC a -5ºC foram criadas há 2 bilhões de anos e conforme Gn 2,5 isto aconteceu depois que o Céu e a Terra já estavam prontos, ou seja, criadas no 6° dia de trabalho de Deus, antes do 7º dia(*) destinado ao descanso de Deus; depois da chuva foi criado o Homo Erectus(Gn 1,26), há 1,5 milhão de anos – “Quando Deus criou a chuva não havia sobre a terra nenhuma árvore e arbusto e não havia o Homem agricultor (Homo Sapiens)”, que só foi criado há 7.520 anos ou 5.508 antes da Era cristã. (Gn 2,7) A ÁRVORE do CONHECIMENTO citada por Deus em Gn 2,9 e17, acessível ao Homo Sapiens, e a ÁRVORE da Vida Eterna citada na Palavra de Deus em Gn 2,9 e 3,22, inacessível ao Homo Sapiens(sabe que), foram criadas entre 100.000 e 50.000 anos.(*)o dia de Deus tem milhões de anos.
A cobertura vegetal é essencial na formação do clima na terra, ou seja, para o equilíbrio das variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza e como as variáveis atmosféricas são interdependentes, a cobertura vegetal é responsável pelo ciclo da água, ciclo dos gases atmosféricos, ciclo do Ar atmosférico (e dos ventos), ciclo do solo, ciclo alimentar, ciclo da vida.
A planta nasce, vive, se reproduz e morre. A planta tem tudo o que o homem precisa para viver: 1.450 gramas de alimentos por indivíduo humano, ao dia; 5 a 6m³ de oxigênio para cada indivíduo humano, por dia, na pressão atmosférica de 1,2kg/cm², preparado por 100 a 120m³ de massa vegetal viva(verde, com clorofila, fotossíntese) que ocupa uma área de 1.000m²; para cada doença física e mental do Homem existe um ou mais remédios no corpo dos vegetais. A tecnologia do Homem estaria a serviço da vida se fosse capaz de extrair seu alimento e remédio do corpo da planta sem ter que desMATAR, como acontece com as fruteiras e sementeiras de longa vida que frutificam(safrejam) durante vários anos, alimentando o homem e outros animais. Para recuperar as áreas desmatadas, criar e manter o Solo, plantam-se primeiramente as árvores e arbustos(com maior massa vegetal por área) que tem, nos corpos vegetais, alimentos – frutas e sementes, depois planta-se gramíneas a exemplo da cana-de-açúcar que tem vida longa, lembrando que as plantas concorrem entre si com água, nutrientes minerais, ventilação, Luz Solar. Considerando que o homem come carne, ovos, leite, mel, peixe, massa orgânica produzida pelo corpo animal, deve-se também planejar o “cultivo “de vegetais para alimentar os animais produtores de alimentos para o homem. A tecnologia do homem já tem recursos para controlar a Luz solar, os ventos, preparar o solo, condicionar a temperatura e, fundamentalmente, captar e armazenar água DOCE das chuvas para a UTILIZAÇÃO no abastecimento doméstico e produção de alimentos (agropecuária). Para ter ao alcance(próximo) do aparelho respiratório o oxigênio da respiração aeróbica, deve-se prever(e manter) para cada pessoa, uma massa vegetal junto à residência (casa) do homem, de 600m³, lembrando que o vegetal expele o oxigênio na Atmosfera durante o dia(com luz do Sol), mas à noite o vegetal tira oxigênio da atmosfera para a demanda energética, cerca de 20% do oxigênio liberado pelo vegetal durante o dia de Sol..O vegetal também inspira o gás carbônico de nossa expiração animal, cujo volume é igual ao volume de oxigênio expirado.A qualidade de vida( e longevidade) do Homem é proporcional à massa vegetal que produz seu alimento e fornece o oxigênio da respiração, lembrando que o homem é o único ser vivo que pode ser racional e portanto é responsável, também, pela qualidade de vida dos outros seres vivos.
No Brasil a degradação ambiental começa com a eliminação da cobertura vegetal para os campos de lavoura, de pastagem do gado, e para a extração de madeira e lenha. A cobertura vegetal nativa deveria ser preservada em 60%,o que evitaria uma transformação brusca no clima. A eliminação da cobertura vegetal é decisiva para alterar todos os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas. Com relação ao solo que gera e mantém a vida a transformação imediata com a eliminação da vegetação, flora, é: a fauna é expulsa da área ou eliminada diretamente pela agressão; o solo desprotegido é arrancado pelo arado do trator, da capinadeira e pela erosão; o solo desprotegido (sem vegetação) recebe alta intensidade de luz Solar eliminando os seres vivos e alterando a composição da matéria orgânica morta vegetal e animal que integram o solo; tudo isto representa mudança na cor, textura e porosidade do solo, tornando-o impermeável para a água das chuvas e impenetrável pelas raízes das plantas e consequentemente não há formação e manutenção dos lençóis de água subterrânea. A eliminação da cobertura vegetal no Nordeste Brasileiro, onde o clima é naturalmente frágil, tem conseqüências imediatas no clima. A eliminação da cobertura vegetal no Brasil tem duas linhas de ação: desmatamento, quando as árvores são cortadas com moto-serra, machado, foice para a extração de madeira e para abrir espaço para o desenvolvimento de pasto para o gado; neste caso as árvores cortadas brotarão surgindo novos galhos a partir do tronco, desde que as variáveis atmosféricas não sejam afetadas com o desmatamento, e o solo não seja eliminado pela erosão; DEFLORAMENTO, estupro, quando a vegetação é derrubada(popularmente chamada “brocação”), toca-se fogo em toda a madeira da área ficando apenas os troncos queimados das árvores que futuramente serão arrancados pela raiz e queimados(novamente). O DEFLORAMENTO é muito comum no Nordeste já que a vegetação é secundária (0,3m³ de massa vegetal por m²) – pequena e raquítica, não servindo como madeira (na visão do homem local). As conseqüências das queimadas para o clima na Terra são desconhecidas até mesmo para a (chamada?) comunidade científica que até agora não descobriu que toda planta tem alimentos para o Homem; que a extinção da vida na Terra está intimamente ligada ao que essa comunidade científica chama de desenvolvimento sustentável; que a cobertura da Terra foi criada por Deus há 400 milhões de anos para condicionar os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas às necessidades da vida diversificada(todas as formas de vida). Se o desmatamento é realmente necessário, faz-se, em médio prazo, a compensação dessa agressão transformando em pó(triturar) toda a madeira colhida do desmatamento, incorporando essa massa orgânica ao solo, como forma de voltar ao pó, o que é do pó(solo) como quer e manda Mãe-natureza.
Com o atual nível de desmatamento do Nordeste não se deve arrancar uma só árvore; racional é plantar-se ou invés de se (des) matar.
Quem conhece o problema conhece a solução.
Conscientização e democratização da ciência ambiental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário