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 Grupo de risco. Damiao Medeiros

Me fez retroceder no tempo, quando aqui no NE as pessoas famélicas, famintas saqueavam as "feiras livres" em busca do "que comer", alegando que a seca (até 400mm de chuvas ao ano), a seca, não permitia a produção de alimentos, agropecuária; procuravam feijão, açúcar, farinha, carne, arroz, rapadura, tudo produzido na zona da mata RN que vai de Ceará-Mirim a Canguaretama-RN; mas tinha pessoas que morriam de fome, em casa, mas não "pegavam no alheio, roubar". Depois vieram as frentes de "emergência para os flagelados da seca", onde nós recebíamos 6 kg de alimentos de primeira necessidade, produzidos no NE, para ficar 5 dias da semana em "trabalhos" tão inúteis, improdutivos, como escovar urubus até ficar brancos, ou engraxar o eixo da Terra. Hoje tem seca de 200 a 400mm de chuvas ao ano, mas esse contingente de famélicos recebe do governo, de forma paternalista, o suficiente para ingerir 1.000 calorias nos alimentos, por dia, o que significa 50% de fome; não há saques nas feiras livres, mas assaltar supermercados, bancos, lojas, lotéricas, e tal, faz parte da cultura brasileira, o que nos foi incutido, como lavagem cerebral, nos últimos 30 anos pelos nossos dirigentes políticos (com raras exceções); ser honesto, ético no BR de hoje é "grupo de risco".

Todas as reações:

3Francisca Melo, Damião Medeiros e 1 outra pessoa

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