
Mapeamento integra variáveis agrometeorológicas para definir intensidade da seca no Brasil
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O Laboratório Lapis divulgou o mapa da intensidade da seca, atualizado no último dia 17 de outubro. A imagem de satélite fornece informações sobre a intensidade da seca, a partir da integração de um conjunto de variáveis agrometeorológicas, em relação à média histórica.
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De acordo com o meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lápis e responsável pelo estudo, esse produto de satélite explica a atual situação dos rios secos na Amazônia brasileira, situação de estiagem intensa que a nossa equipe vem monitorando e já chamava atenção desde o último mês de junho, principalmente em razão da influência do El Niño.
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No mapa abaixo, foram utilizados dados da umidade do solo, déficit de precipitação, índice do vigor vegetativo e volume dos corpos d’água.
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Grande parte da Amazônia brasileira está atingida por seca excepcional. Quase todo o estado do Mato Grosso também está afetada por seca excepcional. Essa situação também pode ser observada em quase todo o nordeste da Argentina.
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A intensidade da seca compara a quantidade de água disponível para as lavouras, em determinada área, com a média dos valores registrados no mesmo período, entre 1961 e 2010. A intensidade da seca é classificada em categorias: normal, fraca, moderada, severa, extrema e excepcional. Cada classe de intensidade da seca representa uma probabilidade de retorno do período de seca.
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Por exemplo, nessas áreas com registro de seca excepcional, têm-se o seguinte cenário:
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Umidade do solo: o solo é seco, com déficit de umidade do solo a longo prazo;

Precipitação: déficit severo de precipitação, aumentando o risco de incêndios florestais;

Vegetação: perda de rendimento agrícola esperado de 20-40%. O impacto da seca nas pastagens se manifesta na disponibilidade de ração para o gado;

Corpos d'água: os fluxos dos rios e os níveis dos reservatórios de água são baixos. Pequenos corpos d'água podem secar.
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