terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Seca 836





Um comentário:

  1. A maldita seca cultural nordestina focalizada em 4 imagens, contada com causa e efeito, como nunca; 1,2 e 3) o açude e a vaca; durante o período chuvoso de 2.015 esse açude tomou muita água por conta de 2 chuvas maior que 70mm, suficientes para encharcar o terreno, com o excesso de água escorrendo, por gravidade, para a depressão do terreno, no caso o porão do açude, que deve ter recebido 100 milhões de litros entre março e agosto de 2.015; com as chuvas, muito pasto, alimento para o gado comer; e certa vez contamos 200 animais bovinos bebendo nesse açude, em 2.015; com fuga de 15L/m² ao dia, o açude secou em outubro/15, e o gado foi retirado, por falta de água de beber; na foto uma vaca, que sem água para beber vai morrer em breve. Na foto 4 um bovino morto, e no fundo, ao longe, um açude seco; Morreu de que? De sede, por não ter água, ou de fome por não ter o que comer? Dos dois. Todos os anos é assim: durante o período das chuvas, que mantém o chão molhado durante 3 a 6 meses, nasce pasto verde para o gado comer, junta água nos buracos do chão - barreiros, açudes, mas o ano tem 365 dias, e o verão seco pode durar 300 dias; 60 dias após a última chuva de 2.015 restavam menos de 5% da água das chuvas precipitadas, o que mostra a incompatibilidade entre a oferta de chuvas, no semiárido, e a "mentalidade" do OME seco.

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