O rio São Francisco com quedas d'água e cânions que
chegam a 80 metros de altitude apresenta uma das mais belas paisagens naturais
do Brasil. O Rio da Integração Nacional liga o Centro Sul ao Nordeste do país.
O rio São
Francisco nasce na Serra da Canastra, no estado de Minas Gerais, no Parque
Nacional da Serra da Canastra. Com 2.820 km, corre para o norte, atravessa o
estado da Bahia, segue até o estado de Pernambuco, onde muda o percurso para o
sudeste, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe para desaguar no Oceano
Atlântico.
O rio São
Francisco e seus 158 afluentes, dos quais 90 são perenes e 68 temporários,
formam a Bacia do São Francisco, com extensão de 641.000 km². O rio se estende
pelos estados de Minas Gerais,Bahia,Pernambuco, Alagoas,Sergipee o Distrito Federal. Nas
áreas próximas da nascente, as chuvas são relativamente abundantes e apresenta
rios perenes, porém nas áreas do semiárido os rios são temporários.
O Salto
de Casca d'Anta, na Serra da Canastra, com 186 metros de queda livre, é a
primeira cachoeira do rio São Francisco, distante 2 km de sua nascente. O rio
percorre a região entre a Serra da Canastra e a Serra do Espinhaço, onde
apresenta cachoeiras e corredeiras. A Usina Hidrelétrica de Três Marias, situada na parte central de Minas
Gerais, abastece uma parte da Região Sudeste do Brasil.
Entre os
afluentes do rio São Francisco que banham o estado de Minas Gerais estão: o rio
Pará, Abaeté, Rio das Velhas, Jequitibá, Paracatu, Urucuia, Preto e Verde
Grande. O rio Preto, banha o Distrito Federal, na altura do município de
Formosa. Serve de divisor entre Minas Gerais e o Distrito Federal. Nesse trecho
do rio está instalada a Usina Hidrelétrica de Queimado.
No trecho
mais plano do curso do rio São Francisco, os portos das cidades de Pirapora em
Minas Gerais, Juazeiro na Bahia e Petrolina em Pernambuco, fazem da Hidrovia do
São Francisco um meio de transporte dos produtos agrícolas da região.
Entre os
afluentes do rio São Francisco, no estado da Bahia, destacam-se o rio Corrente
e o rio Grande, que banha o oeste do estado, onde as chuvas são abundantes.
O rio São
Francisco faz a divisa dos estados da Bahia e Pernambuco, atravessa o semiárido
nordestino, tornando-se fundamental para a economia da região, favorecendo
a agricultura irrigada, com destaque para as cidades de
Petrolina e Lagoa Grande, onde se desenvolve para exportação, a cultura da uva,
manga, melão etc. Em suas margens estão ainda as cidades de Belém do São
Francisco, Cabrobó, Floresta, Santa Maria da Boa Vista, Itacoruba, Petrolândia,
entre outras.
A Usina Hidrelétrica Luís Gonzaga, antes conhecida como
Itaparica, está localizada no estado de Pernambuco, próximo da cidade de
Petrolândia.
O rio São
Francisco corre na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, banha cidades
históricas, povoados, praias fluviais e atravessa cânions. No estado de Alagoas
estão instaladas as Usinas Hidrelétricas Delmiro
Gouveia, Moxotó e Xingó, que fornecem energia para grande parte da
Região Nordeste. Os lagos, formados pelas hidrelétricas são explorados pelo
turismo, com passeios de barcos entre os cânions que em algumas regiões atinge
80 metros.
A foz do
rio São Francisco entre a cidade de Piaçabuçu no estado de Alagoas e a cidade
de Brejo Grande no estado de Sergipe, abriga um rico ecossistema em mangue,
mata atlântica e dunas, onde o rio se encontra com o Oceano Atlântico.
A Transposição do rio São Francisco é um projeto do
Governo Federal, para levar águas do rio São Francisco, através de canais, para
diversas regiões que sofrem o fenômeno da seca, nos estados de Pernambuco,
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O projeto prevê a construção de 600 km de
canais e nove estações de bombeamento de água. A obra está dividida em dois
grandes eixos para captação das águas, o Eixo Norte, na cidade de Cabrobó e o
Eixo Leste na cidade de Floresta, ambos no estado de Pernambuco.
A
colonização do vale do médio rio se efetuou em duas épocas distintas, a segunda
delas quase um século depois da outra. Os primeiros estabelecimentos no médio
São Francisco iniciaram-se no extremo a jusante.
Exploradores de Olinda,
fundada em 1534 e de Salvador,
em 1549, se aventuraram pelo vale do rio entre dificuldades imensas, dadas à
agressividade da natureza e à presença de selvagens. Um dos primeiros núcleos
de colonização foi
estabelecido em Bom
Jesus da Lapa. Uma expedição
vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo Lapa. Anos
depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do século, um grupo
de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas fazendas de gado. No
fim do século XVII a história registra a existência de uma fazenda de gado,
próxima à atual cidade da Barra,
o principal posto de abastecimento do médio São Francisco.
Com
a autorização da coroa
portuguesa, em 1543 começou a criação de
gado, atividade que marca a história do vale. A exploração se limitava ao litoral,
principalmente por causa dos indígenas.
Os pancararus, aticuns-umãs, cambiuás, trucás, quiriris, tuxás e pancararés,
são remanescentes atuais dos povos antigos. Lendas sobre
riquezas extraordinárias atraíam aventureiros; pensavam encontrar ouro e pedras
preciosas. Corriam, sobretudo em Porto Seguro,
informações delirantes sobre tribos que se enfeitavam com ouro, pedras verdes e
diamantes. Por ordem do rei Dom João III,
o governador-geral Tomé
de Sousa determinou a exploração
do rio, em 1553, a Francisco Bruza
de Espinosa, que formou a primeira
entrada de penetração, levando um jesuíta basco, João de
Azpilcueta Navarro. O roteiro
dessa viagem e uma carta do padre são
os primeiros documentos que descrevem o rio São Francisco. Não se acharam,
porém, as sonhadas minas de ouro e prata, como havia nas terras espanholas do
Alto Peru.[carece de
fontes]
Duarte
Coelho Pereira, governador, organizou uma expedição cujos navios entraram pela
foz, lutou contra os franceses, ali encontrados, que faziam escambo com
os indígenas, e os expulsou. Nessa oportunidade, navegou poucas léguas rio
acima. Em 1560,
um filho de Duarte Coelho, Duarte Coelho de
Albuquerque, o segundo donatário de Pernambuco,
e seu irmão Jorge lutaram cinco anos contra os caetés. O rio foi visitado em
1561 pela expedição de Vasco Rodrigues de Sousa e em 1575 na entrada denominada
de "Mata-Negro". Marco de Azevedo viajou ao interior com um grupo, em
1577. Sabe-se, também, que em 1583 João Coelho de Sousa penetrou o sertão e
chegou ao rio.
Em
1587, o governador Luís de Brito determinou
a exploração do rio São Francisco e entregou a responsabilidade a Sebastião
Álvares, numa iniciativa fracassada. Gaspar Dias de Ataíde e Francisco Caldas
viram sua expedição dizimada em 1588. Em 1590, Cristóvão de Barros entrou
pela região, que hoje é o estado de Sergipe,
até o baixo São Francisco, estabelecendo um caminho que serviria aos colonizadores e
como defesa contra os franceses. Em 1595, um descendente de Caramuru, Melchior
Dias Moreira, de acordo com carta escrita
ao Conde
de Sabugosa, teria penetrado e
ultrapassado o rio São Francisco. Guiados pela cobiça, os colonizadores foram
dizimando os índios, que fugiam para o planalto
central. Assim, ergueram-se os
primeiros e pequenos arraiais, iniciando o domínio da região.
A transposição de 20m3/seg que o governo tenta fazer desde 1.994, hoje, chamada de Torre de Babel BR, tão a a incompatibilidade técnica, social, hídrica, vem desde 1.876, ideia de um cearense doido, quando o rio tinha uma vazão média de água de 3.200m3/seg, hoje reduzida 1/4, com tendência a secar; nunca, em tempo algum, qualquer governo, comunidade acadêmica, ou iniciativa privada moveu uma palha para salvar o RSF, mas, todos, de MG a sua foz em AL/SE contribuíram, com a estupidez intelectual, omissão, irresponsabilidade para MATAR o Velho Chico; as cidades e povoados ribeirinhos injetam centenas de metros cúbicos de esgotos, por dia; injetam no VC milhares de m3 de lixo doméstico, humano; a agricultura irrigada injeta 9 gramas de barro e venenos, por litro de água do RSF; os minérios de MG e BA injetam mercúrio, metais pesados, e minerais radioativos e lixos nucleares(BA); recentemente morreu um dos seus afluentes - o Paraopeba.
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