O rio com leito de areia de 80m de largura, 10 m de profundidade, tem capacidade de armazenar, guardar 80% desse volume de areia, em ÁGUA. um quilômetro (1.000m) do rio tem 80X10X1.000= 800.000m³ pode-se armazenar 640.000m³ de água; qualquer enchente no rio só acontece depois que a água infiltrada, drenada é capaz de encharcar a camada de areia; a água armazenada na camada de areia tem 2 tipos de fugas: 1) evapora da superfície nos 30cm mais externos da área, e à medida que vai secando a superfície da areia, a água do fundo vai repondo a umidade; 2) o rio tem uma diferença de nível das cabeceiras para a foz, o que determina o fluxo de água corrente, por gravidade; da mesma forma a água armazenada na camada de areia tende a correr (internamente) por gravidade na direção da parte baixa, a foz; após a enxurrada, enchente a areia permanece ensopada durante meses, no verão, mas à medida que o tempo vai passando as duas fugas de água faz com que o lençol subterrâneo perca água, diminuindo o nível do lençol, podendo secar; é comum as cacimbas escavadas no leito de areia do rio secarem primeiramente onde o leito é mais alto, a camada de areia é mais fina; no caso desse rio da fotografia, que recebeu várias enchentes em 2.011, até o mês de junho, durante o restante do ano de 2.011 e metade de 2.012 plantou-se vazantes na areia do rio, até que o nível da água do lençol tornou-se profundo (baixou) não podendo ser alcançado pelas raízes curtas da lavoura, inviabilizando a cultura agrícola; Durante os anos de 2.012 e 2.013 a oferta de chuvas menor que 300L/m² ao ano precipitadas no leito de areia do rio criaram um lençol 30 cm no fundo do leito do rio; essa água numa camada de areia de 10m de espessura ficou protegida da evaporação na superfície da areia, mas não ficou isenta da fuga por gravidade, da parte alta para a parte baixa do rio, no fundo da camada de areia; essa água de 30 cm acumulada no fundo se distribuiu por toda camada de 10m de areia, não proporcionando condições de formação de lençol de água; para a comunidade científica brasileira (e provavelmente em toda Terra), os elementos citados aqui: baixa oferta de chuvas, 2 fugas (citadas) de água, inviabilizam os rios secos do sertão de caatingas para criação e manutenção da vida; 1) independentemente do volume de chuvas (desde que maior que 100 L/m²) pode-se coletar água das chuvas, todos os anos, nas caatingas laterais para ensopar, abrejar a camada de areia do leito do rio; 250mm de chuvas são 250.000 metros cúbicos de água por km²; em 1 km de extensão desse rio, com camada de areia de 80m de largura e 10 m de espessura, pode acumular 800.000m³ de água; para captar essa água, no caso das chuvas abaixo de 300mm teríamos de captá-la em uma área de 3 km² da caatinga; Como? impermeabilizando-a com lona plástica, durante (apenas) o período chuvoso , ao longo do rio, nas duas margens, lembrando que o próprio leito de areia do rio já é área útil de captação de água diretamente das nuvens. Para evitar as 2 fugas de água do lençol - por evaporação, e por gravidade; a camada de areia no leito do rio é assentada (sempre) em lajedos extensos, forrando todo o fundo do rio; a cada km do rio constrói-se uma parede de pedras/cimento, a partir do lajedo firme, barrando o fluxo da água por gravidade, na altura da espessura da camada de areia, e assim protegida das enchentes; para EVITAR a fuga de água por evaporação da superfície da areia do rio arboriza-se as várzeas laterais, com fruteiras arbóreas de longa vida - cajueiros mangueiras, e Plantam-se, densamente, gramas (alimento do gado) na areia úmida no verão, e até batata doce, feijão macassar, como já é comum;
Para tornar esse armazenamento de água no leito de areia do rio seco do sertão mais eficiente, contornando todas as formas de evasões da água, retira-se a camada de areia, forra-se o fundo do rio com encerrado plástico, e repõe-se a camada de areia sobre o encerado, isolando assim a camada de areia do chão, evitando a fuga de água nas brechas dos lajedos que forram o leito do rio; nestas condições as enchentes ocasionais do rio não conseguem agredir o encerrado embaixo da camada de areia.
Para as pessoas, inclusive os nordestinos como EU, estas são medidas técnicas cientificas que realmente funcionam para reverter o quadro fatídico e degradante que se abateu sobre essa área do Nordeste e sua gente; até mesmo a caatinga, em processo de desertificação, pode se transformar em lugar úmido e fértil, útil para se morar, viver.
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