terça-feira, 23 de agosto de 2022

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O cardeiro, ou mandacaru, visivelmente morto pela ação nefasta, predadora do Homem desprovido de qualquer sentimento de conservação da vida no semiárido, a não ser, instintivamente, a sua, mostrando também, assim, que não é um ser sociável; o cardeiro, em foco, sendo cortado (os galhos brotados) ano, após ano, como ração do gado; é um cacto que vive dezenas de anos, perfeitamente adaptado ao clima do agreste, mesmo nas condições atuais - com a redução na oferta média de chuvas de 500mm para 300mm/ano; exatamente por essa redução na oferta de chuvas, em tempo e volume, o cardeiro não consegue armazenar no que resta do seu corpo, água suficiente para enfrentar o longo período de até 11 meses sem chuvas; mesmo assim teria condições de sobreviver se não extraíssem (corte) partes do seu corpo todos os anos para alimentar o gado; até o ano 2.050  essa planta, o cacto cardeiro, desaparece de cena, e com ele também desaparece o gado bovino do agreste; e o pecuarista para onde VAI? Ainda há tempo de se redimir com a vida; se o cardeiro é importante para alimentar o gado na seca, vamos plantá-lo; é possível, sim, com as atuais condições climáticas do semiárido.

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