Frente Parlamentar Ambientalista do Rio Grande do Norte
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O Semiárido brasileiro, com área de 1,3 milhão de Km2 e população de mais de 31 milhões, é uma das maiores áreas do mundo susceptível ao processo de desertificação.
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A seca e a desertificação são processos que se retroalimentam, principalmente em um processo de mudança climática. Uma pesquisa do Lapis mostrou que, depois da seca 2011-2017, muitos dos pequenos municípios do Semiárido alagoano, não recuperaram sua cobertura vegetal, mesmo após a volta das chuvas, em razão
do aumento da degradação das terras e da desertificação.
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Durante as secas, há o uso intensivo dos recursos naturais, que leva à perda na cobertura vegetal, ou seja, ao aumento da degradação das terras e do processo de desertificação.
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Em 2018, um estudo do IBGE mostrou que a maioria dos municípios afetados pela seca (60%) não contava com um instrumento orientado à prevenção desse desastre natural. Apenas 15% tinham um plano específico de contingência e/ou de prevenção aos impactos da seca.
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Desde 2005, quando começaram a surgir as políticas estaduais de combate à desertificação, cada estado passou a adotar critérios próprios para definir seus próprios núcleos de desertificação. O clássico é de Vasconcelos Sobrinho, quando delimitou os seis núcleos de desertificação na região semiárida brasileira.
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Mas somente com a extração de informações de satélites, por meio da tecnologia de Sensoriamento Remoto/Sistema de Informação Geográfica (SIG), é possível mapear a desertificação e as áreas degradadas, para toda a região, com metodologia padronizada.
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Em 2016, uma iniciativa pioneira do Laboratório Lapis lançou o primeiro mapa das áreas degradadas no Semiárido brasileiro. Inclusive, recentemente, o ICMBio adotou esse mapa para seu plano de preservação da avifauna ameaçada na região. É uma poderosa ferramenta para o planejamento de políticas, na região.
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