terça-feira, 23 de agosto de 2022

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 A escola que não criou vínculos nos alunos e nos professores não promoveu conhecimentos para a Evolução Humana. Escolas abandonadas arruinadas na área rural do sertão e agreste RN, impressiona; Segundo informações dos moradores antigos da área, essas escolas funcionaram por pouco tempo, como se tivesse havida um Big Bang na educação, no ensino escolar no Brasil, e de repente, como em um passe de mágica, desapareceram; seria consequência de visões de políticas educacionais que não se sustentam em nossa cultura; o ensino instável oscila de meta a cada Ministério da Educação de cada governo (que também era ministério da Cultura); Quando ás escolas(das fotografias) foi construída, provavelmente na década de 70, as professoras, normalmente morando na sede do município, a cidade, se deslocavam até à zona rural com dificuldade para ensinar crianças e adolescentes, ao nível de "primário", hoje, primeiro grau menor, alfabetização, já que essas crianças e esses jovens da zona rural trabalhavam, ajudando os pais, nos afazeres do "campo" - agricultura e pecuária, e assim a escola funcionava em dois turnos de: "manhã" e à "tarde", em consonância com os afazeres de cada grupo de crianças da zona rural; 6) mudanças concorram para o abandono desta escola: 1) desencanto do Homem do campo com a agricultura, principalmente com a principal fonte agrícola na área - o algodão(destruído pelo bicudo); 2) redução na oferta de chuvas e esgotamento do solo a ponto de não compensar o cultivo de lavoura de subsistência; 3) o crescimento do Brasil, já que na década de 70 o Brasil tornou-se a 7ª Economia da Terra, no chamado "milagre Brasileiro", quando surgiram oportunidades de emprego e renda nas cidades; 4) na oportunidade em que essas escolas rurais foram construídas na zona rural, na sede dos municípios, nas cidades, foram construídos colégios, escolas públicas que podiam acolher todos os estudantes; 5) com o crescimento econômico do Brasil as escolas foram dinamicamente favorecidas com equipamentos de Áudio visual que não funcionavam na zona rural, por falta de energia elétrica; 6) com o crescimento vertiginoso do Brasil (em 1.963 era a 121ª economia) as pessoas tiveram oportunidades de fazer o 2º grau de escolaridade, de modo que os jovens da zona rural se deslocaram para a sede do município, com este fim.

Francisca Melo, Janilson Cleber e 1 outra pessoa
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Um tempo que se foi enquanto a gente era livre; Não dá para se conviver com a seca - é subumano. Casa antiga no povoado do Xavier (foto) junto às nascentes do Rio Camaragibe, no Agreste serrano. O tijolo rígido e a telha de argila se produzia na área; a madeira do teto - barrotes, caibros, ripas, portas, janelas colhida na área; a massa para assentar os tijolos na parede de alvenaria era a caliça - massa de cal e areia, da área; A cal, carbonato de cálcio vinha das minas do sertão RN; No local se produzia feijão macassar e milho, legume e cereal que precisa de 80 dias de solo úmido para produzir, colhendo-se feijão e milho secos (os grãos) com 90/100 dias do plantio à colheita; o milho era armazenado em silos de zinco, latas de flandres, surrão de couro para no verão ser empregado como alimento de galinhas, porcos, e animais de carga e de montaria - éguas, cavalos, burros (mulos, mulas), jumentos, mas, também para fazer cuscuz e mungunzá, alimento da gente; o feijão macassar, grãos secos, era armazenado em silos, suficiente para servir de alimento para a família; o excesso de milho e feijão produzidos era levados para as feiras livres, normalmente no sábado ou no domingo, para a feira mais próxima (na cidade) ou de maior movimento; plantava-se mandioca para fazer a farinha, muito importante no cardápio do Homem da época, guardada em sacos de pano (tecido de algodão), em um estrado de madeira para alimento da família por meses e meses, o excesso de farinha era vendido nas feiras livres; a mandioca precisa de 1800 dias para atingir a maturidade ideal de produção, quando o tubérculo atinge mais de 30cm de comprimento e 20 cm de circunferência; Plantava-se a mandioca com o chão molhado no inicio das chuvas, normalmente no mês de janeiro para colher (arrancar o tubérculo) no mês de julho; de agosto até dezembro era o tempo das farinhadas, época do biju e da tapioca da fécula da mandioca; Mas a grande fonte econômica da agricultura era o algodão, cultura muito bem adaptada ao clima e solo do RN, representante do algodão mocó de fibra longa; Além da oferta de chuvas ser melhor, na época, o solo apresentava boa fertilidade para estas culturas agrícolas, lembrando que a mandioca é a que mais esgota o solo, depois vem o milho; O feijão, por ser uma leguminosa, colhe do ar o seu principal nutriente, o nitrogênio; o algodão era a única lavoura que produzia no ano com menos de 300mm de chuvas.
Francisca Melo, Luciano Castro Alves e 1 outra pessoa
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