domingo, 2 de outubro de 2022

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O cajueiro é planta da zona tropical, planta nativa no Brasil; o cajueiro da fotografia está no agreste RN; pelo porte pode-se afirmar com certeza que essa árvore tem  mais de 20 anos de idade; todo o ambiente ao seu redor é cinza, seco; era tempo (dezembro) do cajueiro, desta área, está carregado de caju/castanhas, mas seu aspecto é de quem está morrendo; os prováveis motivos de sua decadência seriam: 1) recebeu 150mm de chuvas quando está aclimatado para mais de 500mm/ano de chuvas; 2) a idade de 20 anos pesa muito; Poderia esse cajueiro ter chegado a essa situação se nos seus 20 anos de vida tivesse passado por um ano de 150mm de chuvas?  Qual o volume de água doce que essa árvore frutífera necessita para se manter viva, saudável reproduzindo-se? 20 anos é a longevidade  de cajueiros no semiárido?
Todas essas indagações inexistem diante da ciência, principalmente quando se atribui todas as causas da decadência do cajueiro à escassez de chuvas. A copa do cajueiro cobre uma área de 50 m²; os 150 mm = 150L/m² = 150x50=7.500 litros de água das chuvas, nessa área;  são 5+5 litros de água, por DIA, por metro cúbico de massa vegetal, ou 3,65m³ de água, por m³ de massa vegetal, por ANO; Os 7,5m³ de água doce das chuvas que caiu  na área coberta pela copa do cajueiro daria para manter 4 metros cúbicos de massa vegetal; o cajueiro (da fotografia) não tem mais que 2m³ de massa vegetal; bastava captar e armazenar, racionalmente, sem perda, sem fuga 4m³ de água das chuvas, dos 150mm/ano, numa área de 3m² para alimentar o cajueiro durante 12 meses do ano; Normalmente o cajueiro no NE deve ser podado com 10 anos de vida para que brotando novos galhos possa continuar vivendo por muitos anos; é também possível rejuvenescer o coqueiro  injetando nutrientes na área das raízes, particularmente o nitrogênio; O fato é que esse cajueiro (da fotografia) tem vivido até então sem ajuda por parte do agricultor, mas podemos afirmar que é o primeiro ano durante sua vida, que recebeu menos de 240mm de chuvas. O gás atmosférico  nitrogênio, principal nutriente das plantas, é trazido para a litosfera, habitat das plantas, pelo relâmpago, e rebocado pelas chuvas; No semiárido não há relâmpago sem chuvas, e normalmente só há relâmpagos (descarga elétrica entre nuvens, ou entre a nuvem e o chão) quando o inverno é pesado - acima de 500mm, o que mostra que há um débito de nitrogênio para as plantas do semiárido. Artificialmente o nitrogênio está presente na amônia, na matéria orgânica decomposta (se enterrada no chão), no estrume curtido (esterqueira).

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