Todas essas indagações inexistem diante da ciência, principalmente quando se atribui todas as causas da decadência do cajueiro à escassez de chuvas. A copa do cajueiro cobre uma área de 50 m²; os 150 mm = 150L/m² = 150x50=7.500 litros de água das chuvas, nessa área; são 5+5 litros de água, por DIA, por metro cúbico de massa vegetal, ou 3,65m³ de água, por m³ de massa vegetal, por ANO; Os 7,5m³ de água doce das chuvas que caiu na área coberta pela copa do cajueiro daria para manter 4 metros cúbicos de massa vegetal; o cajueiro (da fotografia) não tem mais que 2m³ de massa vegetal; bastava captar e armazenar, racionalmente, sem perda, sem fuga 4m³ de água das chuvas, dos 150mm/ano, numa área de 3m² para alimentar o cajueiro durante 12 meses do ano; Normalmente o cajueiro no NE deve ser podado com 10 anos de vida para que brotando novos galhos possa continuar vivendo por muitos anos; é também possível rejuvenescer o coqueiro injetando nutrientes na área das raízes, particularmente o nitrogênio; O fato é que esse cajueiro (da fotografia) tem vivido até então sem ajuda por parte do agricultor, mas podemos afirmar que é o primeiro ano durante sua vida, que recebeu menos de 240mm de chuvas. O gás atmosférico nitrogênio, principal nutriente das plantas, é trazido para a litosfera, habitat das plantas, pelo relâmpago, e rebocado pelas chuvas; No semiárido não há relâmpago sem chuvas, e normalmente só há relâmpagos (descarga elétrica entre nuvens, ou entre a nuvem e o chão) quando o inverno é pesado - acima de 500mm, o que mostra que há um débito de nitrogênio para as plantas do semiárido. Artificialmente o nitrogênio está presente na amônia, na matéria orgânica decomposta (se enterrada no chão), no estrume curtido (esterqueira).
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