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No rio Camaragibe, próximo à poça de lixo-líquido, o cemitério do gado, podendo-se montar a cena final: a vaca com fome ( e sede) bebeu o lixo do poço, e, fraca, doente,corroída por vermes, doenças causadas por microrganismos, morreu (prematuramente); para o homem local, pecuarista, o que sobrar é lucro; apesar da vaquinha ter a pele e o osso, sua morte no leito do rio não traz, na visão intelectual do Homem, qualquer tipo de agressão, não esboça qualquer tipo de sentimento, já que a morte do bicho é esperada. Sabe-se que quando a oferta de chuvas é menor que 300mm (300L/m²) com chuvas de baixa precipitação (10mm) distanciadas (no tempo) uma das outras em mais de 10 dias, o terreno arenoso (arisco), ligeiramente plano, da área, retém toda água, mas se o arisco tiver espessura maior que 30 cm, a água NÃO é insuficiente para umedecer o solo para atender as necessidades das plantas (lavouras);a tendência dessa água das chuvas precipitada na superfície é descer (drenar) até o subsolo impermeável, onde as raízes da lavoura (milho e feijão) não chegam, impedindo o desenvolvimento da lavoura. Com até 300 L/m² de água das chuvas, por ano, o açude não toma água, mas as árvores frutíferas - cajueiros, mangueiras, goiabeiras Etc criam flores e produzem (frutas); quando a oferta de chuvas vai além de 500L/m² ao ano as fruteiras produzem satisfatoriamente, pode-se plantar e colher feijão macassar, mas o milho não produz satisfatoriamente; quando chove 800 a 1.000L/m² ao ano o terreno arenoso abreja (está impermeabilizado), o arisco (terreno arenoso) produz feijão macassar, mas não produz milho já que no terreno de arisco há lixiviação de nutrientes, a terra é fraca (explorada ao longo dos anos), desprovidas de nutrientes (para os quais o milho é mais exigente); A conclusão: que chova ou não chova o agropecuarista nordestino está numa encruzilhada, e a tecnologia oferecida pelos técnicos dos governos só trazem malefícios; na realidade o homem rude do campo e o técnico agrícola, juntos, é um grupo de cegos guiando cegos. Tudo o que o governo federal faz no nordeste, ao longo de 200 anos, é alimentar a indústria da seca nordestina - não tem futuro.
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