segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

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Fotografia do dia 01 de julho de 2.013, pai e filho, agricultores do semiárido, em ação; a probabilidade dessa agricultura dá certo, numa escala de  1 a 10, é ZERO; a  lavoura de milho mal saiu da terra, e precisaria de 80 dias de solo úmido para que pudesse se reproduzir; a lavoura deve estar com 8 dias de nascida; a estação chuvosa no agreste semiárido se encerra no mês de junho, todos os anos; qualquer chuva que tiver, e se tiver, daqui pra frente, este ano de 2.013, é chamada de chuva de verão, e por maior que seja não consegue manter o solo úmido por tanto tempo, já que a evaporação de água do solo é de 3,5 litro por m² ao dia; nos 72 dias que falta para a lavoura de milho se reproduzir seriam evaporados 72 X 3,5 = 252 L/m², ou 252 mm de chuvas; enquanto isto choveu 350mm, 350L/m² de janeiro a 22 de junho de 2.013, ou seja, uma lâmina de água de 35cm,  ou 350mm de espessura, ou ainda, 350 milhões de litros por km², um dilúvio; dessa água resta o que está nos corpos das plantas verdes, e alguma umidade do solo; o solo estará totalmente seco com 15 dias de verão, e todas as plantas estarão secas até final de setembro de 2.013, quando a seca se estabelecerá a todo vapor: sem água nos açudes para os bichos beberem, sem pasto para alimentar o gado, sem produção de alimentos; Mas podemos tirar uma coisa boa da ação dos agricultores da fotografia; se o pai não levar o filho para ter uma ocupação no roçado, uma terapia com a mente ocupada, o jovem vai para a rua se envolver com a galera das drogas que proliferam em todos os lugares do NE; assim esse trabalho, mesmo improdutivo materialmente, é fundamental para a educação, senso de responsabilidade, e outros valores e exemplos humanos que o jovem não teria na escola, nem na rua.

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