sábado, 4 de março de 2023

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No cerrado do semiárido destruído a única árvore viva do horizonte (da fotografia) é o juazeiro; qualquer outra árvore ou arbusto cuja semente se aventura a germinar( o que é raríssimo, já que não há sementes) vai morrer no fogo da coivara; em primeiro plano garranchos secos de alguns arbustos - marmeleiro, velame, pereiro que brotam das raízes, arrancados (novamente, e serão queimados) pelo proprietário, segundo ele, para dar espaço para as gramíneas e plantas rasteiras, pasto do gado; mais à frente dos garranchos as pedras aparecendo; trata-se de uma área de cerrado que já teve solo com espessura de 80 cm, eliminado pela agricultura ao longo de 50 anos, ou mais; as gramíneas são cada vez mais escassas nesta área, já que o gado as come (no tempo das chuvas) ainda tenras, antes de botar sementes; pode-se dizer sem nenhum exagero, que com a eliminação da vegetação, do solo, Hoje, somente na época das chuvas existe alguma planta verde que serve de ração para o gado, e com certeza, a massa vegetal que existe esporadicamente não chega á milionésima parte da massa vegetal que existiu aqui há 200 anos, antes do homem civilizado. O Homem desmata a vida, e morre aos poucos.

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