sábado, 4 de março de 2023

17607

 


Com relação aos recursos utilizados pela árvore da postagem anterior para viver bem no semiárido nordestino quando a oferta de chuvas média (de 2 anos 2.011 + 2.012) é de  1.000 + 180:2=590 litros por ano, está no lajedo junto à árvore em foco; de fato  esta árvore escolheu o lugar para nasce (junto ao lajedo) e assim se beneficiar, recebendo uma grande oferta de água doce junto das suas raízes; verifica-se na fotografia que o lajedo impermeável  forma uma bica natural que leva água para o tronco da árvore; observando-se atentamente existe uma  brecha na pedra, exatamente na bica, por onde se infiltra muita água das chuvas que escorre no lajedo, e certamente essa água flui pela brecha da pedra chegando até o terreno onde estão as raízes de 10m de comprimento e até 3m de profundidade, dessa árvore; embora os recursos de sua adaptabilidade á escassez de chuvas não sejam extraordinários, deixa para o Homem uma grande lição: Para acabar com a seca nordestina basta captar e armazenar 5% da água doce das chuvas para o abastecimento urbano e produção de alimentos, junto das cidades e dentro do roçado; os 180 litros de água das chuvas precipitadas nesta área em 2.012 não trouxeram benefícios: os açudes não tomaram água, não houve qualquer produção de alimentos (nem mesmo o pasto do gado), MAS 180L/m² são 180 X 10.000= 1.800.000 litros por hectare, ou 1.800m³/hectare; se cada pessoa necessita de 20 m³ de água doce, por ano, para o abastecimento doméstico, a água captada em um hectare, em 2.012 daria para 1.800:20= 90  pessoas; água doce de primeira qualidade que não precisa de tratamento ou filtragem; basta captar em lona plástica e armazenar em cisternas forradas e cobertas com lona plástica; o segredo da árvore supracitada foi desvendado,e confirmado: a seca nordestina é cultural; nada a ver com escassez de chuvas; quem se habilita a contestar diante deste argumento?

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