sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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 Nada a ver com escassez de água, ou falta e chuvas.


Damião Medeiros
As fotos são da zona da mata RN; foto 1, uma lagoa de água doce que nunca seca; foto 2 uma área e transição entre a zona da mata e agreste RN; foto 3, na zona da mata, campos de plantio de capim, vendo-se os morros caraterísticos da zona da mata.

Damião Medeiros
A lagoa 1 não seca: leito na altitude de 6m (6m acima do nível da água do Mar), recebe por ano, no mínimo 800mm de chuvas, ou 800L/m², enchendo as depressões do terreno (lagoa); parte essa água se infiltra no terreno, criando e mantendo um lençol de água doce subterrânea - aquífero, sob pressão, que no verão aflora no leito (fundo) da lagoa, mantendo-a sempre cheia.
Foto 2, uma área de transição entre zona da mata e agreste, onde a oferta de chuvas é menor ( 600mm), a altitude maior que 30m, o solo é de pequena espessura menor que 60cm, assentado em lajedos (que por vezes afloram) impermeabilizados, limitando a infiltração de água no terreno, com pouca água subterrânea, podendo, por isso, ficar salobra, salgada, imprópria para a vida nas terras emersas.
Damião Medeiros
Foto 3 - zona da mata (São Gonçalo do Amarante); morros de argila com altura de 30 a 40m (altitude de 40 a 50), onde não existe pedras, seixos, nem lajedos aflorados;

Damião Medeiros
Essa explicação sobre essa disponibilidade de água DOCE é fundamental diante da seca literária, cultural, intelectual: o RN tem mais de 100 municípios em estado de penúria e secura; por causa dessa seca, o RN produz menos de 5% da massa de alimentos que consome; é muita desgraça desnecessária.

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