São
Gonçalo do Amarante, zona da mata RN é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte,
situado na mesorregião
do Leste Potiguar e microrregião de Macaíba. Sua
população, de acordo com o censo nacional de 2010, era
de 95 218 habitantes, o que o classifica como o quarto município mais populoso do
estado. Está distante treze quilômetros da capital, com o
qual se encontra em processo de conurbação,
e integra a Região
Metropolitana de Natal e o Polo Costa das Dunas.
O
município foi palco de um dos eventos mais significativos de toda a história do
Rio Grande do Norte, o Massacre
de Uruaçu, ocorrido em 1645, quando os holandeses mataram oitenta
pessoas. Ao longo de sua história, São Gonçalo do Amarante chegou a perder sua
autonomia algumas vezes, até conseguir sua emancipação definitiva em 1958,
quando se desmembrou de Macaíba. Nos
dias atuais, o município conta com uma rica tradição cultural, possuindo vários
lugares históricos e monumentos, como o Monumento
aos Mártires, inaugurado no lugar do massacre de 1645 e um dos principais
pontos de visitação religiosa do Rio Grande do Norte.
Com uma
temperatura média anual de 25,6ºC, São Gonçalo do Amarante possuía, em 2009, 35
estabelecimentos de saúde. A taxa de urbanização é de 84,5% e seu Índice de Desenvolvimento Humano, cujo valor era de 0,661 em
2010, é o décimo sétimo melhor do estado. Sua
principal fonte de renda é o setor terciário, tendo o comércio como importante atividade econômica. O
município abriga o Aeroporto Internacional Governador
Aluísio Alves, inaugurado em maio de 2014 e projetado para ser um dos maiores
do mundo.
Antes, o território
que corresponde ao atual município de São Gonçalo do Amarante era habitado
pelos índios potiguaras, entre os quais se destaca Poti, conhecido por Felipe Camarão, originário de uma
comunidade de Extremoz.[2] [7] [8]
São Gonçalo do
Amarante teve seus primeiros habitantes apenas no século XVII,[8] os membros da família de
Estevão Machado de Miranda, logo sacrificados pelos holandeses no massacre de Cunhaú e Uruaçu, em 1645. Somente em 1689, teriam
ocorrido as expedições que deram origem ao repovoamento do local, vindas
de Pernambuco, após a expulsão dos invasores.
No século XVIII, em
1710, próximo ao Engenho Potengi, vieram de Pernambuco e instalaram-se, às
margens do rio homônimo, Paschoal Gomes de Lima e Ambrósio Miguel Sirinhaém, naturais de Portugal, junto com suas
famílias. Após a instalação, ambos construíram suas residências e foram
responsáveis por construir uma capela, tendo como padroeiro o santo Gonçalo de Amarante. No altar dela, uma imagem do santo feita de pedra
foi colocada, dando origem ao topônimo do município.[8]
Em 11 de abril de
1833, durante o governo de Manoel Lobo de Miranda Henrique, foi criado o município
de São Gonçalo do Amarante. Em 1856, durante o governo de Antônio Bernardes de
Passos, São Gonçalo do Amarante foi atingido por uma epidemia de cólera, que matou um
total de 171 pessoas. Em 1868, por meio de uma lei provincial sancionada pelo
governador Gustavo Augusto de Sá, o município perdeu sua autonomia, sendo
anexado ao município de Natal, capital da província do Rio Grande
do Norte. Somente seis anos mais tarde a vila foi desmembrada e novamente
elevada à condição de município.[2] [7]
Mas cinco anos
depois (1879), a população de São Gonçalo do Amarante foi vitimada por um golpe
que transferiu a sede do governo municipal para a vila de Macaíba, antes
denominada Cuité. Em 1890, alguns meses após o episódio da proclamação da república, o vice-presidente
do estado do Rio Grande do Norte, José Inácio Fernandes Barros, elevou a vila de
São Gonçalo do Amarante, que pertencia a Macaíba, à condição do município.[2] [7]
Com o decreto-lei
estadual nº 268 de 1943, São Gonçalo do Amarante mais uma vez perdeu sua
autonomia política, voltando de novo a ser distrito de Macaíba, com o nome de
Felipe Camarão, e perdendo parte de suas terras, que deram lugar ao atual
município de São Paulo do Potengi. Foi somente com a sanção da lei estadual nº 2324,
de 11 de dezembro de 1958, que o distrito obteve definitivamente sua
emancipação política, e com seu nome alterado, de Felipe Camarão para
seu nome atual, São Gonçalo do Amarante. [2]
São Gonçalo do
Amarante está localizado no estado do Rio Grande do Norte, na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião de Macaíba.[1] A área do município é
249,124 km².[3] A distância
até a capital do estado é de treze quilômetros.[2] Integra ainda
a Região Metropolitana de Natal (criada pela
lei complementar estadual nº 152, de 16 de janeiro de 1997,[9] que reúne,
além de São Gonçalo do Amarante, outros nove municípios do Rio Grande do Norte)
e o Polo Costa das Dunas(instituído pelo decreto nº 18 186 de 14 de
abril de 2005 e reúne dezoito municípios do litoral leste do estado).[10] Limita-se
com Ceará-Mirim e Extremoz a norte, Macaíba a sul, Natal a leste e Ielmo Marinho a oeste.[11]
Em uma altitude de
dez metros acima do nível do mar, no município predomina um relevo de planícies
fluviais, formadas por terrenos planos e baixos compostos por argila, de cor amarela
e/ou vermelha. Em sua formação, pode-se notar a presença de sedimentos
costeiros, próximo às várzeas do Rio Potenji e nos terraços de tabuleiros do
Grupo Barreiras. O solo predominante é o aluvial, também chamado "solo de
várzea", além dos solos de mangue (também chamado podzólico
vermelho-amarelo) e dos latossolos vermelho-amarelo distróficos.[2] [11]
A bacia
hidrográfica predominante, que cobre 82,65% do território do município, é a do
Rio Potenji. Os 17,35% restantes estão situados na bacia hidrográfica do Rio
Doce. O principal rio que corta o município é o rio Potenji, que nasce
em Cerro Corá, na Serra de
Santana, e possui um curso de 176 quilômetros, até desaguar no Oceano Atlântico, em Natal. Outros rios importantes que cortam São
Gonçalo do Amarante são o da Prata e o de Camaragibe. As principais lagoas são
Bela Vista, o Córrego dos Guajirus, Onça, Santo Antônio, Serrinha e Tapará. A
cobertura vegetal é formada por manguezais e matas de
várzea, situadas no estuário do rio
Potenji, além de algumas áreas de Mata Atlântica, floresta
subperifólia, floresta subcaducifólia e tabuleiros litorâneos.[2] [11]
Maiores acumulados
de precipitação em 24 horas registrados
em São Gonçalo do Amarante por meses (EMPARN, 1993-presente)[12] |
|||||||
Mês
|
Acumulado
|
Data
|
Ref
|
Mês
|
Acumulado
|
Data
|
Ref
|
Janeiro
|
96 mm
|
24/01/2011
|
Julho
|
206 mm
|
30/07/1998
|
||
Fevereiro
|
143,8 mm
|
20/02/2012
|
Agosto
|
145,6 mm
|
26/08/2009
|
||
Março
|
100 mm
|
21/03/2006
|
Setembro
|
93 mm
|
04/09/2013
|
||
Abril
|
129,6 mm
|
03/04/1997
|
Outubro
|
52 mm
|
18/10/1993
|
||
Maio
|
150 mm
|
16/05/2005
|
Novembro
|
63 mm
|
18/11/2006
|
||
Junho
|
130 mm
|
09/06/2008
|
Dezembro
|
42,5 mm
|
29/12/2015
|
O clima de São
Gonçalo do Amarante é tropical chuvoso (do
tipo Aw na classificação climática de
Köppen-Geiger), com temperaturas médias superiores a 18 °C em todos os meses do
ano e precipitação inferior a sessenta milímetros
(mm) nos meses mais secos. A temperatura média anual gira em torno dos
26 °C, chegando aos 32 °C nos meses mais quentes. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1 250 mm/ano,
concentrados entre os meses de março e julho,[24] a umidade relativa do
ar média de 76% e o tempo de insolação em torno de 2 700 horas/ano.[11]
Segundo dados
da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período
a partir de 1993, o maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas
registrado em São Gonçalo do Amarante (base física da EMPARN) foi de
206 mm em 30 de julho de 1998.[14] Alguns outros grandes
acumulados foram de 160 mm em 2 de julho de 2008,[14] 15
São Gonçalo do
Amarante, região metropolitana de Natal-RN, zona da mata pura, teve, há muito
tempo, suas terras cobertas por canaviais e engenhos de beneficiamento; hoje,
grande parte do município, nas várzeas do rio Potengi, é alagada, ou com muitas
olarias de tijolos que extraem a argila fértil para a confecção da cerâmica,
criando buracos enormes que acumulam água; Com o aumento do nível da água do
Oceano, a maré já avançou cerca de 10km
no rio Potengi nos últimos 10 ANOS,
criando mangues de água salobra, onde era água doce, propiciando os
criadouros de camarões de água salgada, mas inviabilizando a produção de
agricultura (de água doce), ou impedindo o desenvolvimento de gramíneas,
incluindo a cana-de-açúcar, e capim para ração do gado. As várzeas do rio
Potengi, em São Gonçalo, são a maior depressão do terreno, concorrendo para que
grande parte da cidade lance os esgotos nessa área, enquanto que as “limpadoras
de fossas” esgotam as fossas putrefatas lançando o material nas várzeas e no
leito do rio Potengi; 70% do grande município (fora das várzeas do Potengi) são
de áreas de cultivo de fruteiras
diversas e produção de hortaliças, e na época das chuvas se planta milho,
feijão macassar, batata doce, inhame, macaxeira. Por ser zona da mata, São Gonçalo
tem muita água armazenada na superfície do terreno e no aquífero (subterrânea),
mas, junto à cidade (até 2km de distância), está sendo contaminada com material
dos esgotos e das fossas putrefatas, que significa a seca da ignorância e da
extravagância, patenteada com o selo da bestialidade humana.
O abastecimento
urbano é FARTO, a água é doce, cristalina, vem de poços artesianos, mas, quanto
a ser potável a grande quantidade de cloro (tratamento?) deixa dúvidas.
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