O coqueiro que restava (entre outras plantas) morre; esboçou uma reação com as chuvas de 2.014; como não há previsão a continuidade dessas chuvas, as condições do coqueiro deve se agravar se não chover até final de março/14, mesmo que todo os dias os donos do quintal botem o lixo líquido salgado do poço tubular no chão salinizado; líquido que é colocado junto ao tronco das plantas; mas se fosse colocado diretamente no corpo o coqueiro e a acerola, já teriam morrido, como aconteceu com mais de 100 outras plantas nesse cercado. As agressões ambientais no ar, no chão , na água são tantas que o Homem já não tem noção do Mal, o que o torna um alienígena no lugar onde nasceu.
Em trabalho de pesquisa para verificar a transformação que a chuva de água doce proporciona no NE, vemos nesta fotografia um pequeno cercado onde se fez um plantio de várias fruteiras, e também plantas medicinais, no ano 2.009, quando o governo instalou um poço tubular a catavento; em 2.009 a semiárido recebeu uma das maiores ofertas de chuvas do Século XXI; choveu de janeiro a agosto; o solo permaneceu úmido, com plantas verdes, até janeiro de 2.010, quando os proprietários dessas terras começaram a botar o lixo-líquido do poço tubular nas plantas; em 2.010 choveu menos de 300mm nesta área, a terra não chegou a umedecer suficiente para manter as plantas, e a aguação(irrigação) continuou com o lixo do poço; em dezembro de 2.010 havia morrido 90% das plantas desse quintal; em 2.011 choveu bastante por aqui, e duas dessas plantas sobreviveram - um coqueiro e uma pé de acerola; 2.012 choveu pouco, fazendo com que o coqueiro e a acerola sofressem muito; em 2.013 choveu a média de 450mm, e mesmo assim o coqueiro entrou em decadência, apesar de "aguado" todos os dias com o lixo do poço; a acerola com 5 anos de vida ainda não botou flores, não se reproduziu, uma planta que começa a produzir com 6 meses de idade, e se reproduz 4 vezes por ano;
Construir um açude na caatinga do sertão nos mesmos moldes de 200 anos atrás, não tem futuro, por conta da alta evaporação, e perda de água por infiltração no chão, mas cientificamente pode-se transformar a caatinga em área de captação e armazenamento de água das chuvas; o RN é o Estado do NE que tem a maior porcentagem, com relação a área do Estado, com características de caatingas; se não há como se fazer agricultura e pecuária na caatinga, aqui vai a informação que seria a REDENÇÃO do Nordeste: Captação e armazenamento de água das chuvas para o abastecimento urbano e para a produção de alimentos nas várzeas dos rios, nos vales, nos cerrados.
Açude construído na caatinga, município de Santana do Matos- RN, exclusivamente para o gado beber; pode-se dizer que essa água mesmo sendo água doce, relativamente limpa (se comparada ao lixo de outros açudes), não contribui para aumentar a massa vegetal; o maior inconveniente do açude na caatinga é a alta evaporação, não só devido a mair intensidade de luz solar e calor, mas, pelo fato de não haver vegetação de maior porte, e mais densamente compacta para reduzir a evaporação, contribuir com a umidade do ar, controlar os ventos; esses agravantes, climáticos poderiam ser atenuados, com o plantio de árvores em torno da represa do açude; a ideia seria fazer com que a água no açude pudesse se fazer presente, para o gado e a fauna beber, o ano todo; uma vantagem do açude é que a caatinga é ondulada, forrada de pedras, e com qualquer chuvinha escorre água para o açude; essas árvores em torno da represa do açude seriam plantas do sertão (mas que não nascem na caatinga) de muita folhagem, a exemplo do juazeiro; com a implementação dessa massa vegetal poderia-se criar oásis no sertão, já que diminuindo-se a evaporação de água do açude haveria mais tempo para a água do açude se infiltrar no chão criando lençóis de água subterrânea; para se cultivar essas árvores, no subsolo da caatinga, cava-se um buraco com 2x2x3, forra-se (reveste-se o buraco)com uma lona plástica; cria-se no fundo do buraco, sobre a lona, uma camada de masa orgânica seca, que imediatamente vai ser saturada com água doce do açude; coloca-se um cano em forma de "L" ligando o fundo do buraco à superfície; prepara-se a terra do plantio, devidamente adubada, e saturada de água doce, preenchendo-se o buraco, deixando-o 30cm acima do terreno natural; a represa do açude seria cercada, com a plantação de árvores dentro do cercado, deixando-se um corredor de acesso do gado à água do açude; Estamos falando do "Tanque Retentor de Água Subterrânea" para agricultura no semiárido, o tempo todo, sem irrigação.
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