Uma imagem espetacular do lixão humano, civilizado, humanizado; os urubus no monte de terra esperando a comida assar na fornalha, embaixo; enquanto parte do lixão está queimando, já tem suprimento novo esperando o fogo; na nossa cultura (nordestina) tudo o que não presta deve ir para o fogo, já que o fogo é um agente de destruição incompatível com a vida; mas, no lixão o fogo nunca apaga; mesmo chovendo sobre o lixão à céu aberto há muitos materiais combustíveis que se inflamam na água; a água acumulada na vala do lixão aumenta o volume de chorume, e facilita a infiltração desse material, até atingir a parte sólida, embaixo do lixão, no caso, lajedos submersos, extensos, de forma que ao atingir o lajedo impermeável o chorume vai escorrendo mundo à fora atingindo grandes distâncias, contaminando o lençol de água subterrânea; se o lixão à céu aberto já é uma agressão ambiental descomunal, queimando-se, então, vira um inferno de proporções danosas catastróficas.
Se no lixão humano o urubu tem alimentos diversificados - animais domésticos que morrem na CIDADE e são descartados pelo cidadão no lixão; tem a matéria putrefata, de origem animal, da cozinha do cidadão, que vem para o lixão; MAS, os urubus tem nesse momento(foto) água abundantemente empoçada nas estradas carroçáveis do agreste RN; para que vida melhor? É pena que essa água desaparece logo, logo pela evaporação de 11L/m² da superfície da poça, por dia, e se não tiver outra chuva, o urubu terá de se deslocar, logicamente voando, para beber no poço da merda, ou no riacho da merda urbana, que fica a cerca de 2km do lixão, ou seja, para o urubu está tudo no mesmo lugar; muito conveniente, civilizado e humanizado.
Faltou a foto do lixão queimando; se voltarmos para á ênfase na produção de alimentos, com o feitio do solo e multiplicação da água, o LIXÃO humano queimando e contaminando o solo, as águas, o AR, as plantas, inibe todos os requisitos citados.
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