quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Na pedra não tem vida. Ciência ambiental e social.


Paralelepípedos para calçamento das ruas das cidades, estradas.
Educação ambiental é também educação social; nossa homenagem ao Homem da pedra; não poderíamos, entretanto, deixar de relacionar a atividade desse cidadão, ciência social, com as consequências da extração das pedras, e a obra de calçamento com essas pedras na cidade, Educação Ambiental; a extração de pedras no campo, no caso do semiárido de pedras, só traz benefício, já que a extração das pedras afloradas dar lugar a terreno de terra, barro onde podem (e devem) nascer plantas; sabe-se que a pedra, o lajedo, é um deserto de vida por falta de 2 elementos da Natureza - água e solo; mas qualquer calçamento na cidade representa uma agressão ambiental de grande amplitude, definitiva: 1) substitui-se a cobertura vegetal verde, por um calçamento de cor estranha; 2) impermeabiliza-se o terreno; 3) ao mudar a cor natural do ambiente, por uma cor imposta do calçamento, todos os elementos da Natureza sofrem transformação por que: a luz incidente do Sol,  e luz refletida pelo calçamento serão diferentes; a temperara ambiental será aumentada independentemente da cor do calçamento; muda a umidade do ar, do piso (chão), muda a direção e intensidade dos ventos; fica claro que essas mudanças vão depender da área (ruas) calçada, mas o reflexo dessa mudança alcança uma área 10 vezes maior; mas há outras agressões causadas pelos calçamentos das ruas das cidades - alagamentos com qualquer chuvinha; os pneus de borracha do automóvel vão se desgastar muito no atrito com o calçamento, desprendendo partículas de borracha  que vão trazer danos à saúde humana - bloqueio dos poros da pele, reduzindo a transpiração, respiração da pele, sujeira nos pelos (cabelos), penetra nos olhos, narinas, boca, ouvidos - Um desastre ambiental  de proporções catastróficas - O Homem, cidadão, acelerando sua morte em nome do progresso (ou retrocesso?) Conheça a Cidade Racionalizada do Futuro em: desemebrasil.blogspot.com.
O Homem da pedra que produz paralelepípedos para calçar as cidades do semiárido.
Zé galo, o Homem da pedra;  trabalho braçal  na produção de paralelepípedos, com grandes riscos de acidentes, que exige técnica, coragem física, um trabalho duro mal remunerado; todas as cidades do semiárido tem calçamento de ruas com paralelepípedos; há abundância de pedras, mas a produção dos paralelepípedos é um trabalho manual que exige muito esforço físico, e técnica, com remuneração muito baixa; O Homem da pedra trabalha 12 horas por dia para  ganhar 30 a 40 reais; as ferramentas que usa, nesse mister são próprias, e os ponteiros de aço usados para rachar a pedra recebem manutenção todos os dias, na casa do "ferreiro" que "aponta", afina a ponta do ferro, dando-lhe a têmpera para talhar o paralelepípedo; já era tempo de se apresentar esse profissional tão duro, tão resistente quanto a pedra, tão importante no NE, mas pouco reconhecido; um trabalho braçal urbano.

Um comentário: