quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O OME produto do meio, chegou ao fim.


Mais uma obra fadada ao fracasso III; no centro da imagem a parede de terra do açude, no sentido longitudinal; a construção dessa parede de terra, financiada pelo governo federal (empréstimo a fundo perdido) em uma propriedade particular no agreste RN, não obedeceu a qualquer critério técnico de engenharia, e desobedece a qualquer lei física relacionada com o armazenamento de água; como critério de engenharia não foi feita uma fundação, alicerce para a parede, de modo que a terra foi jogada no local, enquanto as retroescavadeiras rodavam por cima, supostamente ( e impropriamente) para compactar  a terra, o que facilitaria a pressão da água no riacho a arrombar a parede de terra; para se construir um açude, o engenheiro, em estudos prévios, estuda a bacia hidrográfica do riacho ou rio que abastece o açude, de modo a calcular as dimensões e estrutura da parede, fundação e porão, de acordo com a oferta média de chuvas, volume de água máximo e mínimo no rio, área coberta pelo represamento da água, volume de água armazenada que se deseja para os determinados fins, largura e fundação do sangradouro que dê vazão ao excesso de água, de tal forma que se no rio há uma lâmina de água de 3m, o sangradouro terá uma largura tal, que, será 1/3 - 1m de lâmina de água; Mas os engenheiros que projetaram esse açude não sabem, AINDA, que a probabilidade desse açude encher nos  próximos 100 ANOS, na escala de 1 a 10, é ZERO. Parece crítica  gratuita, se considerarmos que há muito dinheiro público em jogo (do empréstimo), e que nós, dsemebrasil. blogspot.com   somos os únicos, se não em todo o Planeta Terra, mas no Brasil, que temos essa convicção, neste nosso posicionamento existe conhecimento cientifico, senso de responsabilidade, valores morais e éticos (por conta do dinheiro público desperdiçado nessa obra);
Uma obra fadada ao fracasso II;  Em muitas postagens desse BLOG temos mostrado com imagens e textos que a açudagem no semiárido nordestino é ineficiente como forma de captar água das chuvas; a redução na oferta de chuvas no semiárido vem crescendo ano, a ano e já não tem relação com o fenômeno climático El ñino que durante duzentos anos, até final do Seculo XVIII, reduzia a oferta média de chuvas de 600mm para 300mm/ano, com um ciclo que se repetia a cada 8 anos, ou 5 anos ou 3 anos; da década de 70 (1.970+) para cá é comum período de até 4 anos seguidos com oferta de chuvas inferior a 300mm/ano; em 2.001, 2.002, 2.003, 2.005, 2.007, 2.010, 2.012, 2.013 o semiárido recebeu menos de 200mm de chuvas por ano; somente a partir dos 500m  de chuvas tem água  corrente nos riachos, rios para o açude tomar água; a última vez que os açudes do semiárido tomaram água foi no ano 2.011; pesquisas apontam que no Século  XXI  a perda de água do açude por evaporação é de 11 litros por m² ao dia; em 365 dias a perda é de uma lâmina de água de 4m de espessura; no RN, por exemplo, nenhum açude tem mais de 30% preenchidos com sua capacidade de armazenamento, e 80% dos açudes com até um milhão de m³, cada, estão vazios, secos, e todos os rios do semiárido tiveram água corrente pela última vez em agosto de 2.011, o que significa dizer que passaram de rios temporários para rios MORTOS, já que NENHUMA forma de vida ligada ao rio consegue permanecer tanto tempo sem água.
 Uma obra fadada ao fracasso I; em pleno Século XXI, e depois de 300 anos de "açudagem" (açudes e barragens) no semiárido nordestino, a construção de um açude, ou barragem, hoje, considerando sua INUTILIDADE como forma de captação e armazenamento de água, por conta na redução na oferta de chuvas, e triplicação na evaporação de água de superfície livre, lembra bem o Homem pre-histórico quando saia de sua caverna à caça de alimentos, e não tinha a menor certeza se suas ferramentas de paus e pedras seriam eficientes para abater o animal - a caça, que quase sempre falhavam, muita vezes custando-lhe a vida, e outras vezes a família continuaria com fome, por causa do seu fracasso;

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