O cardeiro, ou mandacaru, visivelmente morto pela ação nefasta, predadora do Homem desprovido de qualquer sentimento de conservação da vida no semiárido, a não ser, instintivamente, mostrando também, assim, que não é um ser sociável; o cardeiro, em foco, sendo cortado (os galhos brotados) ano, após ano, como ração do gado; é um cacto que vive dezenas de anos, perfeitamente adaptado ao clima do agreste, mesmo nas condições atuais - com a redução na oferta média de chuvas de 500mm para 300mm/ano, por mais de 5 anos seguidos, exatamente por essa redução na oferta de chuvas, em tempo e volume, o cardeiro não consegue armazenar no que resta do seu corpo, água suficiente para enfrentar o longo período de até 10 meses sem chuvas; mesmo assim teria condições de sobreviver se não extraíssem (corte) partes do seu corpo todos os anos para alimentar o gado; até o ano 2.050 essa planta, o cacto cardeiro, desaparece de cena, e com ele também desaparece o gado bovino do agreste; e o pecuarista para onde VAI? Ainda há tempo de se redimir com a vida; se o cardeiro é importante para alimentar o gado na seca, vamos plantá-lo; é possível, sim, com as atuais condições climáticas do semiárido; o mandacaru do NE foi levado para ser cultivado em países secos da África e do Oriente Médio, onde sua fruta nutritiva e saborosa é muito valorizada.
No Meu cariri quando a chuva não vem macambira morre, xiquexique seca....
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