domingo, 22 de agosto de 2021
Explicando a seca com chuva.
Para explicar como com 320mm de chuvas ano passado ainda se vê um espelho líquido neste pequeno açude do Pajeú, precisamos nos valer de informações ambientais científicas que não constam do gibi da engenharia brasileira, e para isto vamos reproduzir(fotograficamente) o açude em vários ângulos; Esta fotografia foi feita sobre a parede de terra do açude, construído em 2.002/2.003, lembrando que nos anos 2.001/02/03 a oferta de chuvas nesta área foi de 250 a 350 litros de água por m², e nesta condições de chuvas somente este açude poderia ter recebido água entre 100 outras unidades, da área porque: 2/3 das abas das serras que constituem a bacia do Pajeú são de pedras, lajedos impermeáveis, de modo que com qualquer chuvinha escorre água para a calha do Pajeú; o restante das abas das serras são terrenos de argila onde se infiltram 20% da água de uma chuva de 20mm precipitada, saturando o lençol, podendo permanecer assim armazenada por alguns dias, até que virão outras chuvas que não tendo como se infiltrar no lençol saturado de água, tendem a escorrer para a calha; Por isso É possível que este tenha sido o único açude da área a receber e acumular água com pouca chuva; O Pajeú é imprensado entre duas serras com até 70% de inclinação, e está a cerca de 150 metros de profundidade com relação às cristas das serras que o margeiam; A área tem vegetação de cerrado, e mesmo as áreas desmatadas para os roçados já se recuperaram com o abandono da área, de tal forma que a perda de água do açude por evaporação é relativamente pequena, se comparado a outros açudes. A maior perda de água do açude acontece por vazamento sob a parede de terra construída sobre lajedos fracionados, e capas de pedras.
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