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Esta casa abandonada está em Santa Maria-RN, junto ao rio Camaragibe; seu aspecto indica que tem mais de 100 anos, e suas dimensões mostram tratar-se de uma casa de fazenda onde morou e viveu muitas pessoas; indica, seguramente, que a casa foi construída em tempos áureos, particularmente quando a oferta de chuvas permitia criar gado bovino, e gado ovino; permitia plantar milho, feijão macassar, mandioca, macaxeira, batata doce, jerimum e algodão durante a estação das chuvas; Mas não havia a seca que há hoje, como nos anos de  1.991, 1.992, 1.993, 1.997, 1.998, 1.999, 2.001, 2.002, 2.003, 2.005, 2.007, 2.012, 2.013, 14, 15, 16, 2.017;   1) o que é seca? Com exceção do ano 2.012 que choveu cerca de 150L/m² nesta área, nos outros 12 anos anotados choveu  de 300mm a 500mm que como vimos na postagem anterior poder-se-ia produzir alimentos (e ração do gado) durante o ano todo se a água das chuvas tivesse sido captada e armazenada racionalmente, dentro da área agrícola, e também teria água doce pura para o abastecimento urbano; 300mm= 300 L/m² de água das chuvas são 3.000m³ de água precipitada por hectare;  se controlarmos a excessiva perda de água da evaporação do SOLO  dar para se  produzir  4.000 kg de feijão macassar em 1 hecatre, em 90 dias, do plantio à colheita são cerca de 1.100m³ de água; para se produzir 3.000kg de milho em um hectare, em 90 dias são 2.200m³ de água; Cada pessoa necessita de 20m³ de água por ano, para o abastecimento doméstico; os 3.000m³ de água das chuvas precipitada por hectare dariam para atender uma população de 3.000:20=150 pessoas, por ano. 2) naquele tempo (há 100 anos) o rio Camaragibe (citado) tinha filete de água corrente no leito (ou poços de água) com baixa salinidade; No rio Camaragibe havia açudes que armazenavam água boa até a década de 60 (1.960+), quando aumentou o processo de salinização por conta do salitre criado pela agricultura. 3)  É provável (naquele tempo) que cavando-se cacimbões (poços artesianos, ou amazônicos)  próximos ao rio Camaragibe, a água não fosse tão salgada como é hoje, já que a infiltração (por pressão das enchentes) de água no leito do rio formava lençóis de água abundantes. Olhando-se para a casa da fotografia é fácil se antecipar no tempo e concluir que embora o homem seja o mesmo, no mesmo lugar, as condições climáticas eram outras; provavelmente o Sol era menos quente, o vento era mais úmido, o que significa menos evaporação de água do solo, e dos corpos vivos, e consequentemente as plantas (incluindo a lavoura) e animais viviam, comiam, bebiam, se reproduziam com menos água.