segunda-feira, 13 de junho de 2022

13.801

 


No semiárido NE um verde exuberante, resultado das chuvas, quando a vida se multiplica; Mas a finalidade precípua desta fotografia é mostrar a máquina escavando, desassoreando o açude para receber água das chuvas, que até agora não juntou água suficiente para matar a sede de um passarinho, contrariando o que o verde tem mostrado, com cerca 180L/m² (180mm) no mês de  janeiro; as chuvas com precipitações com intervalo de menos de 8 dias entre elas, mantendo o SOLO úmido, mas não suficiente para somar e escorrer água no riacho, bacia hidrográfica do açude; o verde que se vê resulta da primeira chuva de mais de 40mm (40L/m²), umedecendo uma camada de chão de 50cm de espessura sendo que  as sementes das plantas nativas estão enterradas no solo de 20cm; o SOLO foi extraído pelo arado do trator, ao longo de muitos anos de exploração intensa e contínua, mas, também pela erosão (com a terra nua, descoberta); o subsolo, embaixo do solo, é impermeável, podendo haver lajedos  (rocha matriz) á flor da terra, ou aflorando; se o solo tiver  60cm de espessura, uma chuva de 40 L/m² é totalmente absorvida, não sendo suficiente para fazer a água correr, por gravidade, no riacho do açude; Ao testemunharmos essa máquina escavando o açude para aumentar o espaço para o armazenamento de água das chuvas concluímos que onde chove em média 400mm/ano o fazendeiro está delirando, ou tem dinheiro para jogar fora; de fato, com o atual clima do semiárido, com oferta de chuvas anual menor que 300mm, e evaporação de 10 L/m², o açude é um ato de desespero, ou uma irracionalidade; O que mais nos surpreende é ver o Governo Federal jogando dinheiro público nessas bobagens, e ainda tem a petulância (junto com seus técnicos) de gritar aos 4 cantos do mundo que são obras para o enfrentamento da seca. Seria ridículo se não fosse comicozinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário