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Cachos de flores da jurema; cada cacho tem centenas de flores, mas menos de 10% se converterão em vagens (com grãos); cada árvore dessa leguminosa bota milhares de vagens, mas a probabilidade de se reproduzir nas condições climáticas, atuais, do semiárido é ínfima; a jurema é uma planta que mesmo cortada pelo tronco, brota ramos, galhos; mesmo arrancada, as raízes brotam galhos de dentro da terra; MAS apesar de todos esses recursos de adaptação para sobreviver no semiárido, a jurema está morrendo, porque: 1) anos seguidos com oferta de chuvas inferior a 200 mm/ano; 2) a evaporação de água do solo do semiárido aumentou drasticamente, chegando a 3,5 litros por m² ao dia, e consequentemente aumentou a evaporação de água dos corpos de vegetais e animais; 3) aumento de temperatura; 4) vento seco (ar de baixa umidade). A fauna e a flora escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com as condições climáticas: energia luminosa e calorífica do Sol, temperatura; gases atmosféricos, umidade do ar, ventos; solo - textura, porosidade, fertilidade; água - intensidade e duração das chuvas; As juremas estão se mantendo nos cerrados do semiárido NE, mas não tem qualquer chance de continuar vivendo na caatinga; a tendência é que o clima hostil (criado pelo envolvimento insustentável) do semiárido promova a extinção da jurema e outras plantas nativas (endêmicas);
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