quinta-feira, 18 de agosto de 2022

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Hoje, com tristeza  nós, FEMeA, única fonte de Educação ambiental no NEBR publicamos esta imagem  degradante da árvore frutífera  com maior potencial de produção e econômico do Nordeste  semiárido; Trata-se do cajueiro; estamos (a fotografia) na área rural do  agreste do RN, na pequena propriedade do Sr Cícero Barbosa de Lima, na 4ª reportagem iniciada ontem, com esse cidadão que representa 70% do Homem nordestino, inclusive eu;  aqui se vê as plantas rasteiras, verdes no chão, enquanto o cajueiro está morto; é um fenômeno que vem acontecendo em todo semiárido nordestino, uma grande perda de fonte de renda para o agricultor nordestino; o fruto do cajueiro é na realidade a castanha, amêndoa, ou seja, a semente da reprodução da espécie; a castanha é funcionalmente o óvulo, e o caju, com a seiva que alimenta  a castanha é o ovário; na realidade são duas frutas de alto valor comercial; a explicação para esse desastre  ambiental que tirou tantos empregos no Nordeste, inclusive com  o fechamento de fábricas de beneficiamento de castanha de caju no RN, tem uma causa bem definida: Por razões óbvias que resultam da agropecuária paleolítica que nós praticamos no Semiárido há 300 anos, o clima  chegou ao ponto do colapso, e não é apenas as árvores frutíferas que estão morrendo; a jurema, por exemplo, uma das árvores leguminosas mais adaptadas no semiárido, fonte de lenha e carvão, também estão morrendo; o desastre acontece também com os coqueiros, goiabeiras, pinheiras; o desmatamento incondicional,  predador, sempre com fogo, concorreu decisivamente para que todas as variáveis atmosféricas dos 4 elementos da Natureza fossem alteradas, e consequentemente o clima ficou mais agressivo, hostil à vida; sabe-se que a flora e a fauna escolhem o lugar para nascer e viver de acordo com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis atmosféricas; nada acontece por acaso na Natureza; o mesmo princípio se aplica à agricultura e à pecuária; Um dos elementos do clima que mais sofreu transformação foi a oferta de chuvas; as variáveis atmosféricas são interdependentes, de tal forma que alterando-se uma delas, as demais são  levadas a se modificar, adaptando-se, para o equilíbrio ambiental; as plantas e os animais fazem parte desses elementos; não é por acaso que na zona da mata RN, que chove (chovia) mais de 2.000L/m²/ano de água doce tem árvores com 30m de altura, enquanto que no agreste RN somente tem árvores desse porte nas várzeas dos rios; as plantas que existem naturalmente na zona da mata RN não nascem nesta área do agreste RN, e vice-versa, que estar a 50km (em linha reta) da faixa de terras chamada zona da mata; enquanto a zona da mata tinha uma massa vegetal nativa de até 1m³/m², no agreste a massa vegetal é 0,3m³/m²; o mesmo acontece com a fauna; o porte, a variedade, a densidade populacional da fauna de um lugar é proporcional à massa vegetal (flora); o mesmo acontece com a agricultura; Imaginem se o Homem tentasse, como já aconteceu nessa área do agreste, trazer  o canavial da zona da mata para cá - seria desastre na certa; fora da zona da mata nordestina, e fora do Nordeste amazônico, só se planta cana-de-açúcar nos brejos de altitudes do sertão, que mesmo recebendo baixa oferta de chuvas, a composição e relevo do terreno permitem armazenar água subterrânea, doce das chuvas,  a ponto de criar os olhos d`água, aflorando na superfície da terra devido o saturação do lençol de água. Educação Ambiental engloba todas as formas de conhecimento humano; As leis da Natureza são ciência exata, imutável, definitivas.

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