segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

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Personagens da secular seca cultural nordestina: o pescador montado em uma boa de câmara de ar de automóvel jogando sua rede (tarrafa) na água do açude de  Poço Branco-RN (pela cor da água+argila+lixos+excrementos+esgotos+microrganismos é poço colorido)para pescar a "mistura" que complementa o "comer" do dia para 6 a 10 pessoas da família, todos dependendo da aposentadoria do INSS (funrural?) de 2 idosos, que normalmente têm empréstimos (nos bancos) no limite, restando menos  de 700 reais para que nos 4 sábados do mês, dia da feira em João Câmara, se vá comprar o que não se produz no RN: açúcar, café, arroz, feijão, fubá (milho), sabão, fósforo, margarina(ou óleo), fumo (ou cigarros), Etc, mercadorias normalmente adquiridas nos mercadinhos que vendem (pelos olhos da cara) fiado para pagamento no mês seguinte; tem de sobrar dinheiro para pagar a luz; mas não dar para comprar remédio, tão essencial quanto o "comer", já que beber o lixo-liquido do açude (mesmo com cloro), do poço a catavento, das cisternas(lixo que vem do telhado imundo das casas, quando chove) é ADQUIRIR todos os tipos de doenças permitidas ao organismo desequilibrado do Homem (e dos outros animais); A parede de cimento armado da barragem, com dezenas de anos, onde estão instaladas asa comportas, já não se presta a manutenção, apresentando vazamentos extraordinários, cujas as perdas se somam a outras perdas de reservatórios no chão, a céu aberto; com a redução na oferta de chvas, na área, nunca mais essa barragem enche.

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