Frente Parlamentar Ambientalista do Rio Grande do Norte
A convergência entre desmatamento da Amazônia, El Niño e eventos climáticos extremos
.
Em anos muito secos, a bacia amazônica se torna uma fonte emissora de carbono para a atmosfera. Essa perda de carbono amplifica os efeitos da mudança climática, em um dramático processo que se retroalimenta. Com a associação entre os impactos do El Niño e a mudança climática, essa situação tende a piorar. E ainda vale lembrar que a Amazônia está mais degradada, mais populosa e com vegetação mais fragmentada pelos danos das últimas secas.
.
O aumento das secas, decorrente de uma maior frequência de eventos climáticos extremos, têm elevado os impactos de degradação da floresta amazônica. Basta verificar, na pesquisa divulgada pelo Laboratório Lapis, a coincidência entre os locais onde houve maior perda da vegetação, nas últimas duas décadas, foi justamente onde se registrou uma redução histórica nos volumes de precipitação. Acesse aqui a pesquisa: https://www.letrasambientais.org.br/.../mapeamento-alerta...
.
Globalmente, o El Niño é a maior causa das secas. Durante esse padrão climático, as secas se tornam mais intensas, de início mais rápido e aumentam o risco de incêndios florestais. É o caso de regiões como a Amazônia e o Nordeste brasileiro, Indonésia e Austrália. Por exemplo, no El Niño de intensidade fraca de 2019-2020, a fumaça dos incêndios no leste da Austrália afetou o Hemisfério Sul, a ponto de bloquear o Sol e pode ter exacerbado as condições subsequentes do La Niña.
.
Enquanto isso, as chuvas torrenciais são mais intensas em outras regiões, com maior risco de inundações, principalmente no Sul do Brasil, bem como na costa do Peru e Equador. Condições muito úmidas também podem ocorrer, em alguns casos, na Califórnia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário