Quanto tem
de Vida na Natureza é quanto tem de água doce.
a) Luz solar – energia luminosa e
calorífica do Sol, são variáveis atmosféricas que dependem do lugar na
superfície da Terra, depende da estação do ano; do relevo; da capacidade de
absorção e reflexão da luz por parte dos corpos da litosfera, incluindo o nível
de cobertura vegetal;
b) Atmosfera com a água evaporada da
hidrosfera e litosfera, da cobertura vegetal; no espaço atmosférico a água se
detém, podendo chegar a 100% de umidade, o que significa que a massa de água
evaporada atinge o valor da pressão
atmosférica exercida pelas moléculas de ar; a água evaporada vai formar nuvens
de água condensada; a água evaporada da hidrosfera e litosfera depende: 1)
temperatura na hidrosfera, na litosfera; 2) da pressão atmosférica; 3) da água
armazenada na hidrosfera e na litosfera, da massa vegetal; 4) depende dos
ventos.
c)
Volume
e massa de água doce disponibilizada na hidrosfera e litosfera – depende do
volume de chuvas, depósitos de água na superfície da Terra, dos rios de água
corrente e da cobertura vegetal.
d) Solo – no que se refere a cor,
capacidade de absorção e reflexão da luz solar; depende da drenagem e absorção
de água; depende do nível de cobertura vegetal;
Dos 4 Elementos referendados o SOLO,
sob nossos pés, é o mais agredido pelas atividades humanas, mas também o único
que pode ser PRONTAMENTE criado pelo
Homem.
A cobertura vegetal é o quinto
elemento da Natureza tal é seu comprometimento com o equilíbrio do clima,
consequentemente o Homem pode intervir, a longo prazo, nas variáveis
atmosféricas criando uma cobertura vegetal adequada permanente; a mais forte
condicionante nesse princípio de criação da cobertura vegetal é disponibilizar
água DOCE de acordo com as necessidades das plantas no metabolismo e na
manutenção de 60% de água no corpo, lembrando que nesse processo a planta
permuta água com o Solo e com a Atmosfera.
Pesquisas realizadas entre os
trópicos onde está a maior massa vegetal, por área, da Terra, indicam que
durante o período ativo de crescimento e reprodução a planta necessita, em média,
de 10 litros de água doce por metro cúbico de massa vegetal por dia; isto
depende da vida útil da planta, da espécie, da idade, do clima, do volume de
massa vegetal do corpo da planta, lembrando que a planta escolhe o lugar para
nascer e viver de acordo com os 4 Elementos da Natureza e suas variáveis
atmosféricas.
A massa vegetal na caatinga do sertão
varia de 0,01m3/m2, ou 100m3 de massa vegetal por hectare, no verão seco, com
arbustos, árvores e cactos de vida longa, a 1.000m3 de massa vegetal por
hectare, 0,10m3/m2 na estação chuvosa quando surgem plantas rasteiras de
pequeno ciclo de vida; é durante a estação chuvosa, quando há disponibilidade
de água doce, que TODAS as plantas inserem o período ativo de metabolismo,
floração, crescimento e reprodução; Na caatinga o período ativo dos arbustos e
cactos tem 90 dias, enquanto relva e gramíneas de pequeno ciclo nascem e morrem
com 100 a 120 dias de vida.
O metabolismo requer água para a
coleta de nutrientes minerais do Solo, para a fotossíntese na atmosfera, e para
circular a seiva no corpo da planta; requer água para manter 60% de água no
corpo, lembrando que a planta respira e transpira utilizando a água do corpo; a
coleta de água do chão, do solo úmido é pelas raízes;
Fora do período ativo a planta requer
1/3 da água que necessita no período ativo; Um mecanismo biológico para se
adaptar ás condições ambientais.
No caso da caatinga as plantas com
0,10m3 de volume de massa vegetal por m2 de chão requer 1 litro de água por m2
ao dia durante 90 dias de vida ativa, equivalente a 90 litros de água por m2, ou
90mm de chuvas; no restante do ano, 270 dias, as plantas precisam de 30 litros
de água por m2, ou o equivalente a 30mm de chuvas, COMO não existe essa água da
chuva os arbustos da caatinga liberam as folhas, enquanto os cactos murcham,
secam e podem morrer. O período chuvoso na caatinga e sertão varia de 60 a 120
dias, variando de 200 a 600mm de chuvas; por Não Ter SOLO menos de 5% da água
da chuva ficam no terreno ao alcance das raízes das plantas.
Na agricultura dessa área o milho e o
feijão têm 90 dias de vida, do plantio a colheita, e a vida ativa de
crescimento, floração e reprodução tem 70 dias; a massa orgânica do feijão,
leguminosa, é 0,05m3 de massa vegetal por m2, 500m3 por hectare, enquanto o
milho, cereal, é o dobro com 0,10m3 por m2, ou 1.000m3 por hectare; milho e
feijão são espécies diferentes de lavoura, cultura. O milho exige mais água do
que o feijão, para gerar a mesma massa vegetal.
Durante 70 dias de vida ativa o feijão
necessita de 35 litros de água por m2, enquanto no mesmo tempo a massa vegetal
de milho requer para o metabolismo e reposição de água no corpo, durante 70
dias, de 140 litros de água por m2, ou o equivalente a 140mm de chuvas.
Se chover 500mm em 100 dias nessa
lavoura 360mm não serão utilizados pelo milho cultivado; a Perda de água do
Solo em cobertura vegetal de 0,10m3 por m2
é de 2 a 4 litros de água por m2 ao dia, média de 3 L/m2/dia, 210mm em
70 dias.
Para arborizar a caatinga é
necessário CRIAR o solo, Quarto Elemento que a Natureza não o fez. Criar uma
cobertura vegetal permanente com árvores, arbustos e cactos de 2.000m3 de massa vegetal por hectare, ou
0,20m3/m2, reservando-se 5 litros de água doce das chuvas por m3 de massa
vegtal, por dia, que em 4 meses (120 dias) de vida ativa média são 2.000x5X120:1.000=
1.200m3 + 1/3 dessa água para os 240 dias restantes do ano = 1.600m3 de água
por ano, por hectare; reduzir a evaporação do Solo. Se chover 320mm ao ano,
3.200m3 por hectare, 320.000m3 por km2, o projeto de água para captar e
armazenar água das chuvas para criar e manter 100 hectares de arborização: 100
x 1600= 160.000m3 de água --- 320.000:160.000 = meio km2, ou 50hectares.
Matematicamente é possível converter metade da caatinga em área úmida e fértil
adequando os recursos disponíveis. A
caatinga, semiárido natural por não ter solo tem 250.000 km2 em 8 Estados do NE;
com a exploração desordenada a perda de massa orgânica da caatinga é de 60% na
flora e 90% da fauna, condição de deserto. Com isso todas as variáveis
atmosféricas foram alteradas, se refletindo em uma área de 800.000 km2 do NEBR.
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