quarta-feira, 20 de setembro de 2023

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 Tudo o que os BRs chamam de 'progresso' é fator de desintegração da VIDA; De Rio da Unidade Nacional a Torre de Babel BR, e atualmente SERPENTE peçonhenta vomitando desgraças no NE. O rio São Francisco com quedas d'água e cânions que chegam a 80 metros de altitude apresenta uma das mais belas paisagens naturais do Brasil. O Rio da Integração Nacional liga o Centro Sul ao Nordeste do país.

O rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, no estado de Minas Gerais, no Parque Nacional da Serra da Canastra. Com 2.820 km, corre para o norte, atravessa o estado da Bahia, segue até o estado de Pernambuco, onde muda o percurso para o sudeste, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe para desaguar no Oceano Atlântico.
O rio São Francisco e seus 158 afluentes, dos quais 90 são perenes e 68 temporários, formam a Bacia do São Francisco, com extensão de 641.000 km². O rio se estende pelos estados de Minas Gerais,Bahia,Pernambuco, Alagoas,Sergipee o Distrito Federal. Nas áreas próximas da nascente, as chuvas são relativamente abundantes e apresenta rios perenes, porém nas áreas do semiárido os rios são temporários.
O Salto de Casca d'Anta, na Serra da Canastra, com 186 metros de queda livre, é a primeira cachoeira do rio São Francisco, distante 2 km de sua nascente. O rio percorre a região entre a Serra da Canastra e a Serra do Espinhaço, onde apresenta cachoeiras e corredeiras. A Usina Hidrelétrica de Três Marias, situada na parte central de Minas Gerais, abastece uma parte da Região Sudeste do Brasil.
Entre os afluentes do rio São Francisco que banham o estado de Minas Gerais estão: o rio Pará, Abaeté, Rio das Velhas, Jequitibá, Paracatu, Urucuia, Preto e Verde Grande. O rio Preto, banha o Distrito Federal, na altura do município de Formosa. Serve de divisor entre Minas Gerais e o Distrito Federal. Nesse trecho do rio está instalada a Usina Hidrelétrica de Queimado.
No trecho mais plano do curso do rio São Francisco, os portos das cidades de Pirapora em Minas Gerais, Juazeiro na Bahia e Petrolina em Pernambuco, fazem da Hidrovia do São Francisco um meio de transporte dos produtos agrícolas da região.
Entre os afluentes do rio São Francisco, no estado da Bahia, destacam-se o rio Corrente e o rio Grande, que banha o oeste do estado, onde as chuvas são abundantes.
O rio São Francisco faz a divisa dos estados da Bahia e Pernambuco, atravessa o semiárido nordestino, tornando-se fundamental para a economia da região, favorecendo a agricultura irrigada, com destaque para as cidades de Petrolina e Lagoa Grande, onde se desenvolve para exportação, a cultura da uva, manga, melão etc. Em suas margens estão ainda as cidades de Belém do São Francisco, Cabrobó, Floresta, Santa Maria da Boa Vista, Itacoruba, Petrolândia, entre outras.
A Usina Hidrelétrica Luís Gonzaga, antes conhecida como Itaparica, está localizada no estado de Pernambuco, próximo da cidade de Petrolândia.
O rio São Francisco corre na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe, banha cidades históricas, povoados, praias fluviais e atravessa cânions. No estado de Alagoas estão instaladas as Usinas Hidrelétricas Delmiro Gouveia, Moxotó e Xingó, que fornecem energia para grande parte da Região Nordeste. Os lagos, formados pelas hidrelétricas são explorados pelo turismo, com passeios de barcos entre os cânions que em algumas regiões atinge 80 metros.
A foz do rio São Francisco entre a cidade de Piaçabuçu no estado de Alagoas e a cidade de Brejo Grande no estado de Sergipe, abriga um rico ecossistema em mangue, mata atlântica e dunas, onde o rio se encontra com o Oceano Atlântico.
A Transposição do rio São Francisco é um projeto do Governo Federal, para levar águas do rio São Francisco, através de canais, para diversas regiões que sofrem o fenômeno da seca, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O projeto prevê a construção de 600 km de canais e nove estações de bombeamento de água. A obra está dividida em dois grandes eixos para captação das águas, o Eixo Norte, na cidade de Cabrobó e o Eixo Leste na cidade de Floresta, ambos no estado de Pernambuco.
A colonização do vale do médio rio se efetuou em duas épocas distintas, a segunda delas quase um século depois da outra. Os primeiros estabelecimentos no médio São Francisco iniciaram-se no extremo a jusante. Exploradores de Olinda, fundada em 1534 e de Salvador, em 1549, se aventuraram pelo vale do rio entre dificuldades imensas, dadas à agressividade da natureza e à presença de selvagens. Um dos primeiros núcleos de colonização foi estabelecido em Bom Jesus da Lapa. Uma expedição vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo Lapa. Anos depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do século, um grupo de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas fazendas de gado. No fim do século XVII a história registra a existência de uma fazenda de gado, próxima à atual cidade da Barra, o principal posto de abastecimento do médio São Francisco.
Com a autorização da coroa portuguesa, em 1543 começou a criação de gado, atividade que marca a história do vale. A exploração se limitava ao litoral, principalmente por causa dos indígenas. Os pancararus, aticuns-umãs, cambiuás, trucás, quiriris, tuxás e pancararés, são remanescentes atuais dos povos antigos. Lendas sobre riquezas extraordinárias atraíam aventureiros; pensavam encontrar ouro e pedras preciosas. Corriam, sobretudo em Porto Seguro, informações delirantes sobre tribos que se enfeitavam com ouro, pedras verdes e diamantes. Por ordem do rei Dom João III, o governador-geral Tomé de Sousa determinou a exploração do rio, em 1553, a Francisco Bruza de Espinosa, que formou a primeira entrada de penetração, levando um jesuíta basco, João de Azpilcueta Navarro. O roteiro dessa viagem e uma carta do padre são os primeiros documentos que descrevem o rio São Francisco. Não se acharam, porém, as sonhadas minas de ouro e prata, como havia nas terras espanholas do Alto Peru.[carece de fontes]
Duarte Coelho Pereira, governador, organizou uma expedição cujos navios entraram pela foz, lutou contra os franceses, ali encontrados, que faziam escambo com os indígenas, e os expulsou. Nessa oportunidade, navegou poucas léguas rio acima. Em 1560, um filho de Duarte Coelho, Duarte Coelho de Albuquerque, o segundo donatário de Pernambuco, e seu irmão Jorge lutaram cinco anos contra os caetés. O rio foi visitado em 1561 pela expedição de Vasco Rodrigues de Sousa e em 1575 na entrada denominada de "Mata-Negro". Marco de Azevedo viajou ao interior com um grupo, em 1577. Sabe-se, também, que em 1583 João Coelho de Sousa penetrou o sertão e chegou ao rio.
Em 1587, o governador Luís de Brito determinou a exploração do rio São Francisco e entregou a responsabilidade a Sebastião Álvares, numa iniciativa fracassada. Gaspar Dias de Ataíde e Francisco Caldas viram sua expedição dizimada em 1588. Em 1590, Cristóvão de Barros entrou pela região, que hoje é o estado de Sergipe, até o baixo São Francisco, estabelecendo um caminho que serviria aos colonizadores e como defesa contra os franceses. Em 1595, um descendente de Caramuru, Melchior Dias Moreira, de acordo com carta escrita ao Conde de Sabugosa, teria penetrado e ultrapassado o rio São Francisco. Guiados pela cobiça, os colonizadores foram dizimando os índios, que fugiam para o planalto central. Assim, ergueram-se os primeiros e pequenos arraiais, iniciando o domínio da região.

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