JORNAL ESTADÃO: Entenda as informações falsas mais comuns sobre a Transposição do São Francisco; entenda
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Um grupo de pesquisadores do Semiárido brasileiro, incluindo colaboradores do Laboratório Lapis, participou de uma reportagem do Estadão para checar e esclarecer informações falsas sobre a Transposição do rio São Francisco. O tema tem sido alvo frequente de boatos e informações enganosas nas redes sociais, pelo menos desde 2019.
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Acesse aqui a reportagem completa: https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/polarizacao-intensifica-desinformacao-sobre-transposicao-do-sao-francisco-entenda/
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Com base no Livro “Um século de secas”, a reportagem busca a história a explicação sobre porque a Transposição é vista como a obra de “redenção” do Nordeste brasileiro.
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“Em uma região que sofre tanto com os efeitos da seca, não era de se surpreender que uma obra capaz de levar água do Rio São Francisco onde antes não chegava seria vista como uma verdadeira “redenção”. Mas ela não foi a única a ser encarada assim. “Historicamente, as políticas para a região eram vistas como a ‘redenção’ para o Nordeste e com a Transposição não foi diferente. Cada nova política hídrica que surgia, ao longo da história do Nordeste, era vista como a ‘grande redenção’ da região. Os políticos locais e seus representantes no Parlamento tiveram um papel na propagação dessa ideia de ‘salvação’ da população”, aponta na reportagem do Estadão a pesquisadora Catarina Buriti, coautora do Livro “Um século de secas”.
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“Essa ideia de que a Transposição do São Francisco seria a salvação ajudou a transmitir uma falsa ideia, mas bastante disseminada, de que a obra resolveria todos os problemas de seca e escassez de água – e, ao mesmo tempo, de que ela bastaria para que as pessoas convivessem com o Semiárido sem a necessidade de outras estratégias, o que não é verdade. Mais do que isso, chega a ser uma ilusão, já que, com as mudanças climáticas, as secas, como eventos climáticos extremos, estão mais recorrentes, explica Catarina, que não ignora as questões ambientais da obra, mas reconhece sua importância. “A Transposição é mais uma política pública importante para a região, mas não a única. Funciona de forma integrada com outras ações de adaptação à seca”, diz.
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O Livro "Um século de secas" pode ser adquirido na Livraria sem fins lucrativos do Instituto Letras Ambientais.
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