Educação Ambiental : 24892

quarta-feira, 19 de março de 2025

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Letras Ambientais

Região do El Niño deve ficar neutra pelo menos até agosto

O La Niña surgiu no início de janeiro, com características atípicas e sem força suficiente para haver o acoplamento da atmosfera com o Pacífico. O fenômeno foi incomum, já que várias regiões do mundo enfrentam, há alguns meses, condições semelhantes às de um El Niño. É o caso da estação chuvosa irregular no Sudeste e no Semiárido brasileiro.

De acordo com o mapa do Índice de Risco Climático, enquanto o Atlântico apresenta águas bem mais quentes que o normal, o Pacífico tropical também já mostra sinais de aquecimento. Parece que o La Niña fraco já se dissipou, estando em uma condição de neutralidade do El Niño Oscilação Sul (ENOS). Se esse aquecimento se repetir por três meses, passa-se da neutralidade para um El Niño. As informações são do meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis.

O La Niña é a fase fria do ENOS, marcada por temperaturas da superfície do mar mais frias que o normal, em relação à média, no Pacífico tropical.

O acoplamento entre as condições atmosféricas e oceânicas também é mais fraco no Outono, devido à redução da temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical. Isso pode ser uma barreira para a previsão do ENOS.

O ENOS neutro significa que as temperaturas da água do Pacífico equatorial não terão um impacto previsível no padrão climático no Brasil. Assim, devemos observar outros sinais e mudanças de padrão de curto ou longo prazo, para prever a condição climática. Espera-se que a neutralidade do ENOS continue pelo menos durante o Inverno (junho a agosto).