sábado, 19 de setembro de 2020

Aguardar covardemente o apocalipse.

 Se não tinha JEITO, vamos ao apocalipse.Em um rio seco, no sertão de Santana do Matos-RN; o rio é temporário quando em determinada época do ano tem água corrente no seu leito; o rio é seco, quando passam-se mais de 700 dias sem ter água corrente no seu leito; nos desertos das Américas do Norte e do Sul tem rios mortos, quando passam-se dezenas de anos em ter água corrente no seu leito; no sertão do RN todos os rios eram temporários até meado do Século XX, e passam no máximo 400 dias sem ter água corrente no leito, no tempo do fenômeno climático El Ñino, quando a oferta de chuvas era reduzida para 300mm/ano; com até 400mm/ano não tem água corrente nos rios; a partir da década de 70 (1.970+) a oferta média de chuvas no sertão vem sendo reduzida, com até 4 anos seguidos com índice pluviométrico menor que 300m/ano. Outro elemento que transformou os rios temporários em rios secos são os açudes construídos nos rios que barram a correnteza da água em grande parte do rio; mas também outros fatores concorrem para a transformação: o aumento da evaporação de água de superfície livre nos rios, nos açudes - 11L/m²/dia, que no caso da água corrente no rio é maior com a água em movimento; aumento da evaporação de água do solo que chega a 3,5L/m²/dia no sertão, de modo que uma chuva de 10,5mm desaparece de cena com 3 dias de Sol; o pequeno lago que sê (na imagem) é água salgada imprópria para se beber (mas o gado é forçado a beber) e/ou para se irrigar lavoura; a última enchente nesse rio aconteceu em junho de 2.011

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