quarta-feira, 30 de novembro de 2022

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Todas as plantas e animais estão aclimatados para suportar até 180 dias de verão seco no semiárido, exceto o Homem, que não se prepara, racionalmente, para ter água doce o ano Todo, para tudo. O nosso empenho em intensificar estudo e pesquisa nessa área serrana do agreste RN se deve as condições físicas e ambientais que se diferenciam das áreas planas do agreste, nas partes planas o terreno arenoso predomina, com morros de argila; o terreno arenoso, pobre para agricultura, mas não sofre erosão pluvial. O terreno argiloso do morro sofre profunda erosão, principalmente quando passa muito tempo sem cobertura vegetal, como é o caso dos campos de lavoura que tem vida de até 120 dias; nas serras, acidentadas, recheadas de lajedos, pedras emergentes, planta-se lavoura nas abas, nos espaços com SOLO entre as pedras, sempre fértil, e mesmo descoberto, sem vegetação permanente, as pedras detém a erosão; as modesta serras do agreste, com até 300m de altitude não tem chã, parte plana, arenosa que existe com até 6km de largura nas serras do sertão. nas abas da serra não se cria gado; nas serras do agreste se produz milho, feijão, algodão, abóbora, melancia, batata doce com 200 a 300mm de chuvas ao ano, o que não acontece na parte baixa do agreste, que somente produz com mais de 400mm de chuvas ao ano. devido o formato (dobras) do relevo Certamente a perda de água na serra é menor que  que na parte baixa.

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Aqui a paisagem desoladora da Serra da Formiga, agreste RN, 120 dias após a última chuva de 2.013, mas vendo-se em primeiro plano pés de milho da oferta de chuvas de 400mm em 2.013, inverno médio para o caso do semiárido.

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Em trabalho de pesquisa ambiental em novembro de 2.013 e fevereiro de 2.014 para mostrarmos as transformações que acontecem no semiárido, em um piscar de olhos, por conta das chuvas, ou da seca; aqui parte de um aglomerado de pequenas elevações, chamada Serra da Formiga, com até 230 metros de altitude, cuja base ocupa uma área de cerca de 300 km², em 4 municípios do agreste RN; nesta visão de secura a maioria dos estudiosos do assunto "educação ambiental" chamaria de caatinga, erroneamente definida  nos alfarrábios BR como "mata cinzenta";  caatinga, palavra indígena que significa "clareira"  não tem árvores, enquanto a vegetação arbustiva, raquítica, dispersa, formam clareiras com 200m², e nenhuma das plantas chega a 4m de altura; aqui no agreste temos vegetação de cerrado, com árvores umburana, angico, aroeira, catingueira, ipê com mais de 10m de altura; mas no cerrado também tem plantas da caatinga - marmeleiro, pereiro, velame, mufumbo.

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O agreste NE que até o final do Século XVII recebia uma volume médio de chuvas de 700mm/ano, não seria semiárido; tornou-se semiárido artificial  por conta das agressões ambientais da agropecuária paleolítica, com o desmatamento incondicional, sempre com fogo, mas aqui na Serra da Formiga, terreno muito acidentado, e com muitas pedras, o Homem não conseguiu fazer sua agricultura danosa, mas tão somente em pequenas áreas, como a que se vê plantada com palmas, forrageira do gado; apesar de ser um terreno de pedras, acidentado, as terras não sofrem com a erosão, provavelmente por conta da grande quantidade de seixos enterrados, limitando o arrastamento da terra pela correnteza da água.

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Nessas postagens recentes na Serra da Formiga vimos as  drásticas mudanças que acontecem 2 vezes por ano, na vida animal e vegetal da área - mas a transformação que aconteceu com 90mm de chuvas (nesta imagem, comparada ás postagens anteriores) em 2 chuvas em 30 de janeiro e 17 de fevereiro 2.014 causa espanto, tendo em vista que as plantas estão aclimatadas para gozar dessa transformação com pelo menos 500mm de chuvas, em período de 100 dias; a transformação aconteceu em 24 dias, da primeira chuva até a data registrada na fotografia, o que não aconteceria com o mesmo volume de chuvas em outras áreas do agreste RN.

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Para justificar a transformação que aconteceu nessa área com 90mm de chuvas  nos agarramos a um fio da meada que nos parece consistente: o terreno da   Serra da formiga, tanto na ínfima chã, como nas extensas grotas é recheado de pedras, a grande maioria emergentes; a terra junto ás pedras externas e internas não tem um boa adesão, por ser materiais de consistências diferentes; calcula-se que 80% das chuvas precipitadas nesse terreno se infiltrem (drenagem) facilmente, o que significa dizer que dos 90mm de chuvas infiltraram-se 72 litros de água por m² do terreno, onde está protegida da evaporação, mas ao alcance das raízes das árvores e arbustos; à medida que a água vai evaporando na superfície do terreno, a umidade de baixo vai se recompondo, permitindo que as plantas rasteiras (da fotografia) também permaneçam verdes por tanto tempo, o que seria também o caso da lavoura de milho e feijão que pode permanecer viva por 30 dias (ou mais) de verão.

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A transformação que aconteceu na Serra da Formiga com 90mm de chuvas não é milagre; é ciência exata da Natureza por conta da permeabilidade do terreno que se permite absorver, e guardar, 80% da água da chuva precipitada, podendo assim permanecer VIVA por tanto tempo, com tão  pouca chuva; isto nos deixa um ensinamento: para acabar com a seca NE, dispondo dos recursos naturais nos valores reduzidos, atuais, capta-se e armazena-se o máximo de água doce das chuvas, sem perda, sem fuga, em qualidade e quantidade para TUDO.




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A placa que se  vê no meio desse mato verde, anuncia a presença do governo federal no semiárido; na placa vários órgãos  do governo fazem sua propaganda, uma forma de promover o que de fato só existe no papel; são inoperantes, cabides de emprego, desperdício do dinheiro público, fonte de desmando, corrupção; é como veremos na postagem seguinte; Um político brasileiro já dizia com muita propriedade: "o Brasil não é um país sério", se referindo ao povo brasileiro com seu lado moleque, irresponsável, que pouco cria, copia mal e corrompe tudo; o buraco no chão com a placa chama=se barraginha, um nome pejorativo para "barragem"; as dimensões da obra (hídrica), a incompatibilidade em não ter uma área de captação de água, e o número de instituições inscritas (na placa) da obra, mostra que o brasileiro é, além de masoquista (sofrer fome, sede), criminoso

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Nesta imagem a obra referente à placa da postagem anterior; trata-se do buraco redondo do governo federal, que irresponsavelmente tenta passar como uma solução para a seca NE, na  realidade mais uma modalidade da indústria da seca; a vegetação verde no semiárido, o que é raríssimo, identifica a ação da água doce das chuvas  quando depois de 140 dias de seca,  a vida foi multiplicada por 1.000, ou mais; considerando-se que a evaporação de água no semiárido  é muito alta; que a oferta de chuva é muito baixa, em período muito curto; que as chuvas de baixas precipitações são muito distanciadas entre si, o Homem deve empregar todos os esforços, todos os recursos tecnológicos para captar e armazenar o máximo de água da chuva, tal qual vem das nuvens, sem contaminação, sem perda, sem fuga, para o abastecimento doméstico, 20m³ por pessoa ao ano, e 600 L/pessoa/ ao dia para  se produzir (média) 1 kg de alimentos, que por ano seriam 219m³; mas a obra do  buraco redondo recebeu água doce das chuvas que foi transformada  em lixo, com todos tipos de contaminações danosas, nocivas para a vida animal e vegetal, uma verdadeira BOMBA de destruição em massa;  o governo na sua estupidez, acreditando que pode ""enrolar" todos os nordestinos, o tempo todo, tem o "descaramento" de afixar essas placas junto á essas obras de jericos, qualidade de MORTE; depois de 300 anos morrendo com a seca cultural, o Homem do semiárido  começa a entender que tem direito a Qualidade de Vida; Agora temos  dsoriedem.blogspot.com e desemebrasil.blogspot.com.    Educação Ambiental.

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 Terezinha Gnoatto e Damiao Medeiros compartilharam uma publicação.

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terça-feira, 29 de novembro de 2022

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Uma seca catastrófica afeta mais de 18 milhões de pessoas no nordeste da África.
4,3 mil
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  • Tarcisio Sfalsin
    Eles são nômades.
    E vocês querendo faturar um dinheiro fácil com a desgraça alheia.
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    • 6 h
  • Alberto Vasconcelos
    O continente africano é banhado pelo mar Mediterrâneo e oceanos Atlântico e Índico, se o real interesse fosse acabar com a seca, bastava dessalinizar essas águas e todo o continente estaria muito bem servido. Não me parece que pedir dinheiro ad aeternu… 
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  • Damiao Medeiros
    Cada povo tem a seca que conquistou; 1/3 do NEBR é oficialmente seco quando chove menos de 400mm/ano; em 2.022 choveu 1.000mm e a seca continua.