sexta-feira, 23 de julho de 2021

Educação ambiental, de fato - 44

 No dia 23 de maio  o semiárido NE com um verde exuberante, resultado das chuvas recentes; Mas a finalidade precípua desta fotografia é mostrar a máquina escavando, desassoreando o açude para receber água das chuvas em que até agora não juntou água suficiente para matar a sede de um passarinho, contrariando o que o verde mostra, indica,  resultado de uma oferta de chuvas, nesta área, de mais de 180L/m², de janeiro a maio; as chuvas com precipitações muito baixas, e distanciadas entre si, de modo que quando chegava a chuva seguinte, a água da primeira já tinha desaparecido, de tal modo que o chão bebe, absorve toda essa água, que desaparece por conta da evaporação; o verde que se vê resulta de uma chuva de mais de 40mm (40L/m²); O solo desta área ondulada (5% de declive) foi extraído pelo arado do trator, ao longo de 20 anos de exploração intensa e contínua, mas também pela erosão (com a terra nua, descoberta); o subsolo, embaixo do solo, é impermeável, podendo haver lajedos á flor da terra, ou aflorando; se o solo tiver  60cm de espessura, uma chuva de 40 L/m² não é suficiente para fazer a água correr, por gravidade, no riacho do açude; Ao testemunharmos essa máquina escavando o açude para aumentar o espaço para o armazenamento de água das chuvas em 4 meses de "inverno" concluímos que o fazendeiro está delirando, ou tem dinheiro para jogar fora; de fato, com o atual clima do semiárido, com oferta de chuvas anual menor que 200mm, e evaporação de 10 L/m², o açude é um ato de desespero, ou uma irracionalidade; O que mais nos surpreende é ver o Governo Federal jogando dinheiro público nessas bobagens, e ainda tem a petulância (junto com seus técnicos) de gritar aos 4 cantos do mundo que são obras para o enfrentamento da seca nordestina. Que filhos da puta!



Nenhum comentário:

Postar um comentário