quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

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Açude no agreste RN. Durante a existência deste dsoriedem.blogspot.com  mostramos dezenas de açudes no agreste RN, todos problemáticos, não só devido à escassez de chuvas, nesse período, para abastecê-lo, mas também mostramos cientificamente elementos destrutivos que passam despercebidos à visão, inclusive dos técnicos; Do lado direito a parede de terra do açude com juremas já bastante desenvolvidas; junto à base da parede se vê lajedos aflorando; As juremas que nascem do lado da represa da água tendem a desviar suas raízes para o outro lado da parede, e assim suas raízes não apodrecem na água da represa; essa raízes são como canos por onde circula água da represa para fora do açude; se a jurema for cortada, secando suas raízes enterradas na parede, aumenta a fuga da água por intermédio das raízes; as árvores que estão na parede, do lado oposto à represa, vão direcionar suas raízes para dentro da represa na busca de água no verão seco; os lajedos aflorando (na fotografia) estão também embaixo da parede de terra do açude, e há fuga da água entre a pedra e a terra, já que os dois materiais não se aderem; é absolutamente claro que um açude nestas proporções é resultado de um projeto técnico em que o engenheiro deveria ter levado em conta a questão da fuga de água pelo lajedo sob a parede; quanto às juremas dos 2 lados da parede do açude, é um desastre novo, criado quando essa propriedade foi comprada pelo INCRA para o assentamento Lagoa Nova, onde todos os açudes (de 30 a 40 deste porte) tem árvores na parede; se os dirigentes das associações das agrovilas, ou outro assentado não vê nisso (juremas na parede) uma fuga da água do açude (talvez vejam as juremas como uma proteção contra a erosão na parede de terra do açude) certamente que o INCRA deveria ter pessoas com intelectualidade para entender que as juremas na parede do açude são desastres. Quando o açude foi construído há 30 anos, a fuga de água pelo lajedo sob a parede do açude deve ter sido previsto pelo engenheiro, mas na época a oferta de chuvas nessa área variava de 300 a 1.000 L/m²/ano, e raramente o açude secava; a evaporação de água do açude era menor;  temperatura ambiental menor;  ventos mais umidade;  O local escolhido, para armazenar a água de uma bacia de captação de água das chuvas, é uma das sedes da Fazenda Lagoa Nova; era o único açude (dos 30 ou 40 açudes da fazenda) que tinha água com baixa salinidade para se beber; os demais açudes era apenas para o gado beber e plantar capins, ração do gado, adaptados à salinidade da água; por esse motivo o INCRA criou  a agrovilas Furnas, mas o açude soterrado (assoreamento) ao longo dos anos teve sua capacidade de armazenamento reduzida em 40%; a água armazenada durante as chuvas (acima de 500mm/ano) fica PARADA durante 8 meses de verão, altamente contaminada com todo tipo de matéria orgânica decomposta, e o açude seca com 11 meses sem chuvas; É preciso que o Governo e seus técnicos se dê conta de que com a atual condições climáticas do semiárido (impostas e estabelecidas pelo próprio Homem) inviabiliza a construção de açudes, como forma de armazenar água para o verão. O verão, sem chuvas é de 6 meses; com a ausência de chuvas durante  240 a 300 dias caracteriza a seca,  estranho para o ambiente e para a vida estabelecida.

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