sábado, 29 de janeiro de 2022

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No Assentamento Patativa do Assaré II, agreste




RN, em 2.013 o carro-pipa patrocinado pelo ministério da integração nacional vem uma ou duas vezes por semana; como não há dia marcado para o carro-pipa chegar, a população tem de fazer plantão, com horas de antecipação,  junto ao tanque onde se faz o despejo do conteúdo do tanque de 8m³, ou 8.000 litros, que pode ser o único em 8 dias (as vezes são 2 carros-pipa, 16m³, por semana) 1.000 litros X dia para 30 famílias de assentados, cerca de 100 pessoas, ou seja, 10 litros por dia, por pessoa, que seria para se beber, cozinhar os alimentos; banho, lavar roupas tem de ser com o lixo-líquido barrento, contaminado, salobro dos açudes, que ao invés de limpar, suja o corpo, bloqueia os poros da respiração da pele, o sabão não faz espuma, e a roupa fica encardida, uma desgraça; em 2.016 escavaram um quarto poço tubular, com 100m de profundidade, já que os outros 3 poços  não tinha água, ou é muito salgada, tinha uma vazão que não compensava instalação de equipamentos para extrair a água para o abastecimento da agrovila; em 2.018 o governo federal instalou um "dessalinizador" que de cada 1.000 litros extraídos do poço, apenas 300 litros são aproveitados pelo sistema de dessalinização; 300 litros por semana (7 dias) para cada família de 5 pessoas, 60 litros por pessoa para 7 dias; no final do ano de 2.021 o poço secou, e o abastecimento da  agrovila voltou ao carro-pipa, ou depende das chuvas, enquanto duram, no telhado das casas, que pelas bicas chega ás cisternas.

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