sábado, 30 de dezembro de 2023

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 Com tanta água doce, ainda, na ZMNE, Cientificamente é impossível se fazer uma seca por falta de água. São Gonçalo do Amarante, zona da mata RN é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte, situado na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião de Macaíba. Sua população, de acordo com o censo nacional de 2010, era de 95 218 habitantes, o que o classifica como o quarto município mais populoso do estado. Está distante treze quilômetros da capital, com o qual se encontra em processo de conurbação, e integra a Região Metropolitana de Natal e o Polo Costa das Dunas.

O município foi palco de um dos eventos mais significativos de toda a história do Rio Grande do Norte, o Massacre de Uruaçu, ocorrido em 1645, quando os holandeses mataram oitenta pessoas. Ao longo de sua história, São Gonçalo do Amarante chegou a perder sua autonomia algumas vezes, até conseguir sua emancipação definitiva em 1958, quando se desmembrou de Macaíba. Nos dias atuais, o município conta com uma rica tradição cultural, possuindo vários lugares históricos e monumentos, como o Monumento aos Mártires, inaugurado no lugar do massacre de 1645 e um dos principais pontos de visitação religiosa do Rio Grande do Norte.
Com uma temperatura média anual de 25,6ºC, São Gonçalo do Amarante possuía, em 2009, 35 estabelecimentos de saúde. A taxa de urbanização é de 84,5% e seu Índice de Desenvolvimento Humano, cujo valor era de 0,661 em 2010, é o décimo sétimo melhor do estado. Sua principal fonte de renda é o setor terciário, tendo o comércio como importante atividade econômica. O município abriga o Aeroporto Internacional Governador Aluísio Alves, inaugurado em maio de 2014 e projetado para ser um dos maiores do mundo.
Antes, o território que corresponde ao atual município de São Gonçalo do Amarante era habitado pelos índios potiguaras, entre os quais se destaca Poti, conhecido por Felipe Camarão, originário de uma comunidade de Extremoz.[2] [7] [8]
São Gonçalo do Amarante teve seus primeiros habitantes apenas no século XVII,[8] os membros da família de Estevão Machado de Miranda, logo sacrificados pelos holandeses no massacre de Cunhaú e Uruaçu, em 1645. Somente em 1689, teriam ocorrido as expedições que deram origem ao repovoamento do local, vindas de Pernambuco, após a expulsão dos invasores.
No século XVIII, em 1710, próximo ao Engenho Potengi, vieram de Pernambuco e instalaram-se, às margens do rio homônimo, Paschoal Gomes de Lima e Ambrósio Miguel Sirinhaém, naturais de Portugal, junto com suas famílias. Após a instalação, ambos construíram suas residências e foram responsáveis por construir uma capela, tendo como padroeiro o santo Gonçalo de Amarante. No altar dela, uma imagem do santo feita de pedra foi colocada, dando origem ao topônimo do município.[8]
Em 11 de abril de 1833, durante o governo de Manoel Lobo de Miranda Henrique, foi criado o município de São Gonçalo do Amarante. Em 1856, durante o governo de Antônio Bernardes de Passos, São Gonçalo do Amarante foi atingido por uma epidemia de cólera, que matou um total de 171 pessoas. Em 1868, por meio de uma lei provincial sancionada pelo governador Gustavo Augusto de Sá, o município perdeu sua autonomia, sendo anexado ao município de Natal, capital da província do Rio Grande do Norte. Somente seis anos mais tarde a vila foi desmembrada e novamente elevada à condição de município.[2] [7]
Mas cinco anos depois (1879), a população de São Gonçalo do Amarante foi vitimada por um golpe que transferiu a sede do governo municipal para a vila de Macaíba, antes denominada Cuité. Em 1890, alguns meses após o episódio da proclamação da república, o vice-presidente do estado do Rio Grande do Norte, José Inácio Fernandes Barros, elevou a vila de São Gonçalo do Amarante, que pertencia a Macaíba, à condição do município.[2] [7]
Com o decreto-lei estadual nº 268 de 1943, São Gonçalo do Amarante mais uma vez perdeu sua autonomia política, voltando de novo a ser distrito de Macaíba, com o nome de Felipe Camarão, e perdendo parte de suas terras, que deram lugar ao atual município de São Paulo do Potengi. Foi somente com a sanção da lei estadual nº 2324, de 11 de dezembro de 1958, que o distrito obteve definitivamente sua emancipação política, e com seu nome alterado, de Felipe Camarão para seu nome atual, São Gonçalo do Amarante. [2]
São Gonçalo do Amarante está localizado no estado do Rio Grande do Norte, na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião de Macaíba.[1] A área do município é 249,124 km².[3] A distância até a capital do estado é de treze quilômetros.[2] Integra ainda a Região Metropolitana de Natal (criada pela lei complementar estadual nº 152, de 16 de janeiro de 1997,[9] que reúne, além de São Gonçalo do Amarante, outros nove municípios do Rio Grande do Norte) e o Polo Costa das Dunas(instituído pelo decreto nº 18 186 de 14 de abril de 2005 e reúne dezoito municípios do litoral leste do estado).[10] Limita-se com Ceará-Mirim e Extremoz a norte, Macaíba a sul, Natal a leste e Ielmo Marinho a oeste.[11]
Em uma altitude de dez metros acima do nível do mar, no município predomina um relevo de planícies fluviais, formadas por terrenos planos e baixos compostos por argila, de cor amarela e/ou vermelha. Em sua formação, pode-se notar a presença de sedimentos costeiros, próximo às várzeas do Rio Potenji e nos terraços de tabuleiros do Grupo Barreiras. O solo predominante é o aluvial, também chamado "solo de várzea", além dos solos de mangue (também chamado podzólico vermelho-amarelo) e dos latossolos vermelho-amarelo distróficos.[2] [11]
A bacia hidrográfica predominante, que cobre 82,65% do território do município, é a do Rio Potenji. Os 17,35% restantes estão situados na bacia hidrográfica do Rio Doce. O principal rio que corta o município é o rio Potenji, que nasce em Cerro Corá, na Serra de Santana, e possui um curso de 176 quilômetros, até desaguar no Oceano Atlântico, em Natal. Outros rios importantes que cortam São Gonçalo do Amarante são o da Prata e o de Camaragibe. As principais lagoas são Bela Vista, o Córrego dos Guajirus, Onça, Santo Antônio, Serrinha e Tapará. A cobertura vegetal é formada por manguezais e matas de várzea, situadas no estuário do rio Potenji, além de algumas áreas de Mata Atlântica, floresta subperifólia, floresta subcaducifólia e tabuleiros litorâneos.[2] [11]
Clima[editar | editar código-fonte]
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
em São Gonçalo do Amarante por meses (EMPARN, 1993-presente)[12]
Mês Acumulado Data Ref Mês Acumulado Data Ref
Janeiro 96 mm 24/01/2011 [13]
Julho 206 mm 30/07/1998 [14]
Fevereiro 143,8 mm 20/02/2012 [15]
Agosto 145,6 mm 26/08/2009 [16]
Março 100 mm 21/03/2006 [17]
Setembro 93 mm 04/09/2013 [18]
Abril 129,6 mm 03/04/1997 [19]
Outubro 52 mm 18/10/1993 [20]
Maio 150 mm 16/05/2005 [21]
Novembro 63 mm 18/11/2006 [17]
Junho 130 mm 09/06/2008 [22]
Dezembro 42,5 mm 29/12/2015 [23]
O clima de São Gonçalo do Amarante é tropical chuvoso (do tipo Aw na classificação climática de Köppen-Geiger), com temperaturas médias superiores a 18 °C em todos os meses do ano e precipitação inferior a sessenta milímetros (mm) nos meses mais secos. A temperatura média anual gira em torno dos 26 °C, chegando aos 32 °C nos meses mais quentes. O índice pluviométrico é de aproximadamente 1 250 mm/ano, concentrados entre os meses de março e julho,[24] a umidade relativa do ar média de 76% e o tempo de insolação em torno de 2 700 horas/ano.[11]
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período a partir de 1993, o maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas registrado em São Gonçalo do Amarante (base física da EMPARN) foi de 206 mm em 30 de julho de 1998.[14] Alguns outros grandes acumulados foram de 160 mm em 2 de julho de 2008,[14] 15
São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Natal-RN, zona da mata pura, teve, há muito tempo, suas terras cobertas por canaviais e engenhos de beneficiamento; hoje, grande parte do município, nas várzeas do rio Potengi, é alagada, ou com muitas olarias de tijolos que extraem a argila fértil para a confecção da cerâmica, criando buracos enormes que acumulam água; Com o aumento do nível da água do Oceano, a maré já avançou cerca de 10km no rio Potengi nos últimos 10 ANOS, criando mangues de água salobra, onde era água doce, propiciando os criadouros de camarões de água salgada, mas inviabilizando a produção de agricultura (de água doce), ou impedindo o desenvolvimento de gramíneas, incluindo a cana-de-açúcar, e capim para ração do gado. As várzeas do rio Potengi, em São Gonçalo, são a maior depressão do terreno, concorrendo para que grande parte da cidade lance os esgotos nessa área, enquanto que as “limpadoras de fossas” esgotam as fossas putrefatas lançando o material nas várzeas e no leito do rio Potengi; 70% do grande município (fora das várzeas do Potengi) são de áreas de cultivo de fruteiras diversas e produção de hortaliças, e na época das chuvas se planta milho, feijão macassar, batata doce, inhame, macaxeira. Por ser zona da mata, São Gonçalo tem muita água armazenada na superfície do terreno e no aquífero (subterrânea), mas, junto à cidade (até 2km de distância), está sendo contaminada com material dos esgotos e das fossas putrefatas, que significa a seca da ignorância e da extravagância, patenteada com o selo da bestialidade humana.
O abastecimento urbano é FARTO, a água é doce, cristalina, vem de poços artesianos, mas, quanto a ser potável a grande quantidade de cloro (tratamento?) deixa dúvidas.


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