terça-feira, 18 de agosto de 2015

Para se extirpar a seca 18.





Um comentário:

  1. 1) rio seco no RN; 2) rio Parnaíba, único rio caudaloso (até final do Século XIX) genuinamente nordestino; 3) brejos de baixadas (lagoas) na zona da mata RN); o rio Potengi, o rio que deu o nome à capitania, à província e ao estado RN, com a foz em Natal-RN, maior fossa putrefata do RN; 1) o rio seco, em 13-10-11; em 2.011 tivemos a La ñina e o semiárido NE recebeu mais de 800mm de chuvas, o dobro da média; nessas condições de chuvas todos os rios, inclusive este, tiveram, por mais de uma vez, água corrente no seu seu leito, de janeiro a junho/11; as várzeas dos rios do sertão já foram as terras mais férteis do NEBR, e consequentemente foram exploradas e desmatadas, para a agricultura de subsistência, permanentemente por mais de 200 anos; os rios eram temporários,o que significa dizer que tinham água corrente no leito durante o período das chuvas no sertão, que recebia em média, 500mm de chuvas por ano; as várzeas, largas, são praticamente planas, com declive de 3 a 2% ( para 1m de extensão 2 cm de declive) o desmatamento do cerrado, deixando a terra NUA, contribuiu para que a erosão arrancasse o solo, e a capinadeira fizesse o resto do desastre; todo o solo do cerrado do sertão foram transformado em areia, assoreando as calhas dos rios, que tem, hoje, uma camada de areia lavada com até 80m de espessura; as caatingas que margeiam os rios e suas várzeas não tem solo (é o subsolo rígido, fino, recheado de pedras) semi impermeáveis, e 98% da chuva precipitada escorre para os rios, levando, nos riachos, terra e matéria orgânica para assorear os rios; Apesar da semi impermeabilização que faz a água escorrer facilmente para os rios, a grande camada de areia do rio absorve muita água das chuvas, de tal forma que seria necessário uma grande chuva para "ensopar" a camada de areia, e depois correr - água corrente - na superfície de área; assim, mesmo chovendo de janeiro a junho de 2.011, já não tem água corrente no rio, na data da fotografia; Mas, para onde foi essa água? Dentro da camada de areia do rio a evaporação de água é praticamente nula, ou melhor, só existe evaporação numa camada de superfície de 30cm (dos 80m de camada de areia); apesar do baixo declive do leito do rio, de 3%, a água na camada interna de areia, de fácil drenagem, escorre no sentido - nascentes para a foz, por gravidade; assim, apesar de ter água corrente, nesse rio, em junho de 2.011, a fuga da água, por gravidade, baixou o nível do lençol subterrâneo, e as plantas começam a secar, já que suas raízes não alcançam o lençol de água; aqui 2 ensinamentos para ATACAR a seca: na areia do rio evaporação de água é nula; com uma barragem, interna, na camada de areia, pode-se BARRAR a fuga de água por gravidade; se compararmos com a represa de açude, barreiro, que tem evaporação + outras perdas que chegam a 10L/m² ao dia, e ainda, a água armazenada à céu aberto é frequente e permanentemente contaminada, armazenar água das chuvas na areia do rio seria uma solução inteligente; 2) o rio Parnaíba; estudos geológicos e hidrológicos comprovam que o rio São Francisco já foi um afluente do rio Parnaíba, há milhões de anos, e com a transformação da superfície da terra, foram separados por elevações mais recentes; no final do Século XIX a vazão média do rio Parnaíba era de 700 m³ por segundo, hoje reduzida a 400m³/Seg; tem uma hidroelétrica - Boa Esperança, e tem afluentes permanentes que nascem no nordeste amazônico; no período das chuvas o Parnaíba é caudaloso; 3) lagoas nos brejos de altitudes na zona da mata RN; essas lagoas, próximas ao litoral, são depressões no terreno para onde escoam as águas das chuvas, com caminhos de água - rios, por vezes permanentes; 4) o Potengi, uma fossa putrefata entre S. Paulo do Potengi e Natal-RN;

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